(MANOEL FREITAS)
Motoristas irritados, buzinaço, trânsito parado e muita confusão. Assim começou a semana do montes-clarense após a Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito (MCTrans) dar um nó na circulação do centro histórico de Montes Claros para construção de uma travessia elevada de pedestre.
A rua Padre Teixeira, que recebe todo o fluxo de veículos da praça de Esportes, foi interditada para a instalação de uma faixa elevada de pedestres na frente de um colégio, 300 metros à frente. Os veículos faziam a conversão pela rua Justino Câmara, que dá acesso à praça da Matriz –local já bastante congestionado em razão da preparação para as Festas de Agosto.
Quatro agentes da MCTrans permaneciam parados no local, sem ajudar a melhorar o fluxo. Com um contingente de apenas 53 servidores para atender aos cerca de 450 mil habitantes, a ação foi questionada pela população.
Surpreendido pela situação, Edson Araújo estava indignado. “É um absurdo isso aqui, em plena segunda-feira de manhã. Cadê o engenheiro de trânsito? Eles tiveram o final de semana para fazer isso, porque não fizeram?”, questiona.
Já Valdir Silveira destaca a falta de habilidade da empresa para lidar com as intervenções na cidade. “É um absurdo fechar o trânsito assim. Está totalmente errada a maneira da MCTrans trabalhar. Não nos avisaram sobre isso”.
O presidente da MCTrans, José Wilson Guimarães, não atendeu às ligações. O agente Souza, do setor der fiscalização do órgão, disse que ao ser solicitada em um serviço, a MCTrans se preocupa em atender a demanda.
No caso da interdição da rua, admitiu que pode ter ocorrido erro ao não comunicar à população sobre o serviço, procedimento que seria o adequado.
Solicitado a apresentar a documentação que antecede toda execução de obra, o agente se comprometeu a nos apresentar, mas não foi encontrado no local de trabalho no horário marcado.
A decisão de fazer a faixa elevada e o projeto da obra couberam à MCTrans. A execução é de responsabilidade da Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização (Esurb), autarquia da Prefeitura.
“Todas as outras faixas elevadas foram feitas em locais de pouca movimentação. Realmente deveríamos ter escolhido outro horário para realizar a obra. Foi um erro de comunicação. Faremos isso das próximas vezes”, prometeu Sérgio Pires, presidente da Esurb.