Infiltrações oferecem risco para prédio da Rodoviária de MOC

Três mil pessoas passam diariamente pelo terminal de passageiros

Manoel Freitas
17/12/2019 às 07:11.
Atualizado em 05/09/2021 às 23:03
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

As chuvas intensas que caíram em novembro e nos quatro primeiros dias de dezembro em Montes Claros deixaram em evidência inúmeras infiltrações que podem comprometer o prédio onde funciona o Terminal Rodoviário Ildeberto Alves de Freitas. A água escorre do teto da maior e mais movimentada estação de ônibus do Norte de Minas.

São inúmeras as goteiras presentes no prédio construído em 1980. A situação preocupa o arquiteto Geraldo David Alcântara, que assinou o projeto do imóvel na administração do então prefeito Antônio Lafetá Rebello. 

Ex-presidente da Empresa Municipal de Serviços, Obras e Urbanização (Esurb) e ex-diretor Operacional Centro-Norte da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), Geraldo Alcântara revelou que não é feita a manutenção anual recomendada. “E se você for lá na hora que está chovendo vai ficar horrorizado”, ressalta.

Os andaimes erguidos em frente ao prédio, que sugerem a realização de alguma obra, preocupam o arquiteto. “Primeiro, tem que contratar um especialista para ver se a estrutura está comprometida, porque são muitos anos com goteiras no prédio todo. E ali é um peso danado, ou seja, a estrutura é muito pesada e vai infiltrando água, o que podem comprometer a estrutura”, reforça o arquiteto.

Quem passa pela rodoviária vê, claramente, manchas nos pilares de concreto, nas instalações elétricas e as poças de água que compõem um cenário preocupante no saguão do terminal.

Além do perigo que essas infiltrações representam, há o desconforto para quem frequenta o terminal. O quadro é mais um desafio para a Empresa Municipal de Transporte e Trânsito de Montes Claro (MCTrans), a quem compete a administração do imóvel.

Em 5 de dezembro, a reportagem de O NORTE documentou as infiltrações e os andaimes instalados por empreiteira contratada pela autarquia do município. O objetivo é realizar “reparos e serviços de impermeabilização do telhado e acabar com essas goteiras”, admitiu Luiz André Brito, administrador da Rodoviária de Montes Claros. Com a realização das intervenções no período chuvoso, o que atrapalha os trabalhos, Brito disse que “não há prazo para (a obra) ser concluída”.
 
MOVIMENTAÇÃO
Os problemas estruturais geram insegurança nos cerca de 3 mil passageiros que passam pelo Terminal Rodoviário de Montes Claros diariamente. Número que aumenta consideravelmente nos meses de julho, dezembro e janeiro, os mais movimentados, segundo Brito.

Ele afirma que, no ano passado, quase 4 mil passageiros utilizaram o terminal em dezembro. “Para o mesmo período de 2019, está previsto aumento de até 40% no movimento”, ressalta o gestor.

O NORTE acionou a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Montes Claros para falar sobre o problema na Rodoviária. Mas, até o fechamento da edição, não recebeu resposta.

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