Hospitais de MOC enfrentam falta do kit intubação

Chegada de respiradores ameniza quadro, mas deficiência de outros insumos preocupa

Da Redação*
O NORTE
25/03/2021 às 00:35.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:30
 (Rovena Rosa/Agência BRasil)

(Rovena Rosa/Agência BRasil)

Alívio por um lado, preocupação por outro. Enquanto as unidades de saúde do Norte de Minas ganham novo fôlego com a entrega de respiradores pulmonares, que vão permitir a criação de novos leitos para receber pacientes com o coronavírus, enfrentam o drama de ver os medicamentos que integram o “kit intubação” se acabarem. A situação, mais uma vez, não é exclusiva da região, mas vem acontecendo em todo o Estado e também no país em função da alta demanda pelos produtos com a escalada dos casos de Covid-19 nas últimas semanas.

Na noite de terça-feira, o Ministério da Saúde informou que mais de 2,8 milhões de unidades de medicamentos de intubação orotraqueal (IOT) começaram a ser distribuídas para todo o Brasil, por meio de uma parceria firmada com três empresas fabricantes.

A intubação é necessária nos casos mais delicados de tratamento da Covid-19, quando o paciente precisa receber ventilação mecânica e manter a respiração adequada enquanto combate a infecção.

Por conta da explosão de internações nas redes públicas e privadas de diversos estados ao mesmo tempo, os medicamentos anestésicos essenciais para a realização deste procedimento estão se esgotando. 

Em Montes Claros, o risco de falta do kit afeta todos os hospitais que prestam atendimento a pacientes com Covid-19. No Hospital das Clínicas Dr. Mário Ribeiro da Silveira, porta de entrada para os doentes, a situação já preocupa, diz a diretora, Raquel Muniz.

“Nós temos uma dificuldade agora que é o desabastecimento de medicamentos, extremamente necessários para aqueles pacientes que precisam ser intubados e para os que precisam permanecer sedados. O hospital se disponibilizou a comprar esses medicamentos, mas a gente recebe uma negativa porque os medicamentos foram confiscados pelo governo federal nos laboratórios e nas indústrias farmacêuticas”.

Mesma situação é registrada na Santa Casa, no Dilson Godinho e no Hospital Universitário Clemente de Faria. Segundo a assessoria do HU, os neurobloqueadores, que são usados em procedimentos que demandam anestesia, acabaram e os anestésicos e sedativos também estão no final.
 
REPOSIÇÃO
O fim dos estoques do “kit intubação” foi confirmado pelo secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti. Em coletiva realizada ontem, ele disse que o governo estadual está em contato com o Ministério da Saúde para obter ajuda na reposição de oxigênio e de insumos.

“O Ministério da Saúde nos comunicou que, na sexta-feira (26), irá fornecer insumos a todos os estados, sem afetar a entrega periódica aos hospitais, ou seja, será um lote a mais. Nós, de forma imediata, iremos fornecer para suprir esses hospitais que vêm sofrendo mais”.

*Com Agência Brasil e Agência Minas
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