Gás de cozinha já se aproxima dos R$ 100 em MOC

Leonardo Queiroz*
O NORTE
04/03/2021 às 01:52.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:19
 (leo qeiroz)

(leo qeiroz)

Levar comida para a mesa da família tem ficado cada dia mais caro. Além de o consumidor enfrentar uma alta de preços dos alimentos desde o ano passado, agora tem que gastar ainda mais com o gás de cozinha. O produto tem seguido os aumentos dos combustíveis impostas pela Petrobras neste ano e já sofreu três reajustes. 

O último começou a valer nesta terça-feira (2). O aumento foi de R$ 0,15 por quilo nas refinarias, chegando ao preço de R$ 3,05 por quilo. Isso equivale a um impacto de R$ 1,90 no botijão de 13 quilos, que passou a custar R$ 39,69 nas empresas, aumento de 5,2%.

E, é claro, que o impacto chega ao consumidor final. Em Montes Claros, o botijão que custava R$ 77 em janeiro já está sendo vendido nas distribuidoras entre R$ 85 e R$ 92 – preço ainda sem o reajuste desta semana –, o que representa um aumento de quase 20%.

De acordo com o colaborador na empresa Excelência Gás, Vitor Luciano Soares, de 20 anos, o aumento já está refletindo nas vendas, que vêm caindo. “Estamos tentando segurar o ritmo de vendas mantendo o valor de R$ 85 do botijão. Muitas pessoas que compravam a reserva já não estão comprando mais. Já notamos uma queda na aquisição do produto e que muita gente está esperando o gás acabar para comprar outro. Se houver mais aumento, não sabemos como vai ficar”, diz.

Em outra distribuidora de gás da cidade, onde nem o colaborador nem o dono quiseram se identificar, a expectativa é a de que não vão conseguir segurar o preço por muito tempo. 

Notícia que assusta a comerciária e dona de casa Socorro Cavalcanti, que tem um bebê em casa e faz comida todos os dias. “São um absurdo esses aumentos. O peso no orçamento é muito grande e vou ter que me desdobrar para dar conta de mais esse gasto”, diz Socorro. Ela tenta economizar um pouco de gás com o uso do micro-ondas, mas como o preço da energia elétrica também não é barato, acaba não tendo muito sucesso.

Para Daysi Martins, o momento é de segurar os gastos, porque não dá para ficar sem o gás de cozinha. “A gente deixa de fazer outras coisas, como um corte de cabelo, unha. O botijão que eu comprava por R$ 72, agora está em quase R$ 100”, lamenta a comerciária.

Em nota, a Petrobras afirma que o encarecimento dos produtos segue a política de paridade com o preço internacional adotada pela empresa, e que o reajuste aos distribuidores não significa a elevação no preço nas bombas.

“Importante ressaltar também que os valores praticados nas refinarias pela Petrobras são diferentes dos percebidos pelo consumidor final no varejo. Até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis pelas distribuidoras, no caso da gasolina e do diesel, além dos custos e margens das companhias distribuidoras e dos revendedores de combustíveis”, informa a empresa.

*Colaborou Márcia Vieira

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