Furto de moto e roubo de bikes crescem em Montes Claros

Ocorrências aumentaram 24% e 200%, respectivamente, neste ano

Da Redação*
O NORTE
Publicado em 25/08/2021 às 00:07.Atualizado em 05/12/2021 às 05:45.
 (leo queiroz)
(leo queiroz)

Muito utilizadas em Montes Claros como meio de transporte, as bicicletas e motos são também cobiçadas por ladrões. Nos seis primeiros meses deste ano a cidade registrou crescimento de 24% no furto de motos, média de um veículo subtraído a cada dois dias. São 87 pessoas que perderam ou a forma de deslocamento ou o instrumento de trabalho.

De janeiro a junho do ano passado, o número de motos levadas por ladrões foi de 70, chegando a 132 durante todo o ano. Para o delegado Alberto Tenório, titular da Delegacia de Investigações Especiais de Montes Claros, é preciso que o dono do veículo tenha todo cuidado para evitar esse tipo de crime. 

“Toda cautela deve ser tomada. As vítimas, proprietários de bicicleta, motocicleta e qualquer automóvel, devem ter cautela com relação aos locais onde deixam os veículos, estacionam, atentando-se sempre em deixar o carro travado, com vidros levantados, dificultando a ação de autores desse tipo de crime”, orienta.

Segundo ele, a Polícia Civil vem combatendo de maneira efetiva esse tipo de crime. “Inquéritos vêm sendo concluídos e remetidos à Justiça, autores têm sido identificados. Além disso, a gente vem conseguindo apreender e localizar uma grande quantidade dos objetos furtados, devolvendo para os proprietários”, ressalta o delegado.

Já o roubo de motos, que se caracteriza pelo uso da violência, registrou queda na cidade de 54% também de janeiro a junho deste ano. O furto é o crime praticado sem ter contato, violência ou ameaça à vítima, ou seja, no caso das motos e bikes, o condutor chega ao local onde elas estavam e não as encontram mais.
 
BIKES
Já as ocorrências envolvendo bicicletas mostram situação contrária. Os furtos (sem violência) caíram 14% entre janeiro e junho deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Por outro lado, os roubos (com violência) aumentaram 200% no mesmo período. Apesar de o número absoluto ser baixo – passou de dois em 2020 para seis neste ano –, a forma como o crime acontece pode ser assustadora. 

O bancário Pedro Eduardo Fernandes Maia, de 53 anos, viveu um pesadelo quando pedalava com a esposa. “Fomos abordados por três indivíduos próximos à ponte do Cedro, um com facão, um com uma arma de fogo apontada para minha cabeça e o outro que ficou do outro lado da pista. Eles levaram tudo. Tivemos que pegar uma carona até em casa e só aí entramos em contato com a polícia para fazer o boletim de ocorrência”, conta Pedro Eduardo.

A partir da denúncia, a polícia começou a enviar para o casal fotos dos possíveis suspeitos. “Conseguimos identificar um deles. As bicicletas, então, foram achadas escondidas no mato”, lembra o bancário.
 
MUDANÇA DE HÁBITO
Passar por toda essa situação obrigou o casal a mudar a rotina de pedaladas. “Hoje não saímos mais sozinhos para pedalar, mas sempre em número grande de pessoas para evitar que isso aconteça de novo. Foi uma sorte recuperar tanto as bicicletas como os celulares. Tudo estava avaliado em torno de R$ 20 mil”, diz. Um dos assaltantes foi preso e julgado, sendo condenado a seis anos de reclusão.

A Polícia Civil orienta todas as vítimas a formalizar a ocorrência policial, pois somente a partir da denúncia a polícia tem conhecimento do fato e pode instaurar inquérito para verificar as circunstâncias do crime, bem como desenvolver uma ação. “Realizar diligências para localizar os autores, identificar e arrecadar esse bem subtraído com posterior devolução para a vítima”, afirma o delegado Alberto Tenório.

*Com Leonardo Queiroz

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