O vereador Marlon Xavier (PTC), que é médico, está descrente de que a unidade possa começar a funcionar em breve. “Eu não vou falar nunca, porque nunca é muito tempo. Mas, pelo visto, serão necessários dez, 15 anos para que a obra possa funcionar de fato como uma Unidade de Pronto-Atendimento, porque estruturalmente, com verbas viabilizadas pelos vereadores e deputados, ela ficará pronta, mas não vai funcionar administrativamente”.
Marlon estima que seriam necessários mais de R$ 1 milhão somente para o giro funcional da unidade. “Um hospital requer médico clínico-geral, ortopedista, cirurgião, pediatra, ou seja, uma equipe para a qual teria que colocar mensalmente mais de R$ 1 milhão, fora as questões de insumos, de aparelhos, como raios-X digitais, ultras-som e maquinário de última geração”.
O vereador afirma que o custo é muito alto para uma gestão que já não dá conta de administrar o Hospital Dr. Alpheu Gonçalves de Quadros, “que está de muletas, capengando”.
Marlon Xavier diz ter sugerido que a UPA do Chiquinho Guimarães operasse como uma grande policlínica, com especialistas. “Funcionar 24 horas, como uma UPA, é apenas um sonho”, avalia.
Diante da polêmica na Câmara dos Vereadores em torno do assunto, O NORTE procurou a secretária Municipal de Saúde, Dulce Pimenta, assim como a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Montes Claros. Entretanto, não obteve resposta até o fechamento da edição.