Famílias deixam casas invadidas

Jornal O Norte
10/01/2006 às 10:34.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:28

Gissele Niza


Repórter


onorte@onorte.net

As famílias que invadiram 41 casas do conjunto habitacional localizado no bairro Vargem Grande na última sexta-feira, deixam o local hoje, após acordo firmado com a prefeitura municipal de Montes Claros.

As famílias que ocuparam as unidades aceitaram sair do local depois de reunião, ontem à tarde, com representantes da prefeitura, polícia militar, câmara municipal, Construtora Cros e a Igreja, representada pelo padre Antônio Avilmar.



Uma comissão formada pelas famílias e pela secretaria de Desenvolvimento e Ação Social acompanhará a realização de um cadastro especial do grupo, para conhecimento da real situação de cada uma das famílias. Com base nesse levantamento, e após uma checagem das informações, a prefeitura se comprometeu a analisar caso a caso e propor soluções.

O acordo prevê, ainda, que num prazo máximo de 12 meses todas as famílias que, comprovadamente, necessitarem, terão acesso à casa própria, dentro dos programas habitacionais do município.

As unidades residenciais invadidas serão entregues às pessoas que vivem em situação de risco, na beira do Córrego Vargem Grande. Elas estão cadastradas e esperam por suas casas desde 2002.

ENTREGA

As unidades serão entregues pela prefeitura no próximo dia 15, faltando apenas alguns serviços para estarem totalmente concluídas. O juiz de plantão da 4ª Vara Civil, Lailson Braga, já havia concedido liminar de reintegração de posse, na tarde de sábado (07), mas, tanto a prefeitura como a Construtora Cros, essa última responsável pela obra do Canelas II, preferiram dialogar com as famílias, em busca de uma solução negociada, o que foi conseguido ontem. A lei dá autonomia à polícia militar para o uso da força, se necessário, durante a ação de reintegração de posse.

Ficou decidido que as famílias sairão do local hoje. Na liminar, o juiz considera que a Cros estava impedida de prosseguir a obra e, com isso, de concluir o serviço, o que acarreta prejuízo social.

O advogado da construtora, Farley Menezes, reforçou que, embora a liminar tenha sido expedida no sábado, a empresa achou por bem não pedir à PM o cumprimento da ordem de despejo, preferindo negociar uma desocupação pacífica.

Participaram da reunião os secretários Vero Franklin (Ação Social), Márcia Saraiva (Governo), Guilherme Guimarães (Planejamento), além dos vereadores Lipa Xavier e Ruy Muniz e de representantes da polícia militar.

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