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Mesmo com a liberação da chamada “Terceira Onda – Vermelha”, que permite a abertura de bares e restaurantes em Montes Claros, alguns empresários optaram por não retomar atividades durante nesses tempos de pandemia. A decisão, dizem, visa a garantir a saúde dos clientes, vez que o contingente de pessoas contaminadas pelos vírus na cidade aumentou 23,7% em menos de uma semana. A média é de 6 novos casos de Covid-19 por dia, desde o início dessa fase de flexibilização. Pelos menos cinco bares muito movimentados da cidade usaram as redes sociais para informar aos clientes a decisão de manter as portas fechadas até que se estabilize o número de infectados pelo coronavírus ou que haja algum tipo de medicamento capaz de prevenir e/ou combater a doença, que já matou três pessoas no município. Um dos estabelecimentos que vai seguir fechado é o Chaplin Studio Bar, no bairro Jardim São Luís. O local sempre atraiu a clientela que curte rock e forró pé de serra. Para o proprietário, Charles Chaplin Lima Figueira, a decisão é um ato de responsabilidade social. Charles considera o decreto de flexibilização precipitado, vez que “contribuirá para o aumento” de infectados diretamente. “A flexibilização foi mal planejada em todos os setores. A flexibilização total aqui veio no momento mais crítico pra cidade. Infelizmente, temos um problema cultural arraigado, a população não está tendo capacidade de usufruir a liberdade sem prejudicar a saúde pública”, afirmou o empresário. FORA DE ESQUADRONo primeiro dia de flexibilização, na última quinta-feira, a Guarda Municipal multou oito bares, sendo que um deles perdeu o alvará de funcionamento. Motivo foi o descumprimento das regras da flexibilização. O decreto permite funcionamento até as 22h e proíbe aglomeração. Vários bares estavam abarrotados de gente. No último fim de semana, a Guarda Municipal compareceu a 12 estabelecimentos que descumpriam as regras do decreto, sendo dois supermercados e uma igreja. Devido aos altos números de contágio pelo coronavírus, o governo de Minas orientou os municípios da região Norte do Estado para que voltem uma onda. Neste caso, Montes Claros deveria retornar para a Segunda Onda (amarela). A medida pretende preservar a saúde da população, já que a região, assim como a Central, apresentou aumento expressivo de casos da Covid-19, colocando em risco a capacidade assistencial da rede hospitalar. Somente os municípios de Brasília de Minas, Berizal, Claro dos Poções, Guaraciama, Lontra e Ubaí aderiram à recomendação.