Dengue coloca MOC em emergência

Aumento nos casos deixa unidades de saúde lotadas

Da Redação
07/05/2019 às 07:01.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:32
 (GIAN MARLON)

(GIAN MARLON)

Com mais de 1.800 casos prováveis de dengue neste ano e duas mortes em processo de investigação, Montes Claros vive surto da doença, o que levou a prefeitura a decretar, no último sábado, situação de emergência. Unidades de saúde estão lotadas de pacientes com sintomas da enfermidade que já registra mais de 165 mil casos no Estado.

O número apresentado no decreto, no sábado, assusta, pois revela mil casos a mais que o divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), na segunda-feira anterior, no Boletim Epidemiológico de Monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, onde constavam 899 casos prováveis da doença na cidade.

O avanço da dengue em território mineiro já havia levado o governo do Estado a decretar situação de emergência na saúde pública em 23 de abril em várias regiões, dentre elas o Norte de Minas.

Com a decisão, o município fica livre para tomar medidas administrativas e assistenciais necessárias à contenção do surto, como compra de materiais e equipamentos sem necessidade de licitação.

Ainda de acordo com o decreto, que fica em vigor por 120 dias, o aumento nos casos de dengue pode causar colapso na saúde pública municipal. No entanto, como O NORTE noticiou na edição de 3 de maio, o setor já em colapso está ainda mais estrangulado com a alta demanda por causa dos casos de dengue, mas agravado pela falta de 15 médicos na rede pública, o que impõe grande sofrimento à população. Esses profissionais deveriam atuar em quatro postos de saúde da zona rural e em 11 unidades da área urbana.

Na última sexta-feira, o Pronto-Atendimento Alpheu de Quadros, no bairro Santo Antônio, um dos mais procurados pelos moradores, estava superlotado. Pacientes, em sua maioria diagnosticados com dengue, esperam até 12 horas por atendimento. Naquele dia, a diretora administrativa da unidade de saúde, Socorro Carvalho, disse à reportagem que a demanda na unidade está “fora do normal” e confirmou que o problema está relacionado à doença e à falta de profissionais. Na tarde de ontem, a situação continuava a mesma.

De acordo com o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Flamarion Cardoso, ações de combate aos focos e aos mosquitos são realizadas em toda a cidade. “Temos focado nas áreas com maior número de notificações, utilizando UBV motorizado e costal, além de visita domiciliar”.

Ainda de acordo com o CCZ, os bairros Vila Atlântida, Eldorado, Santos Reis, Major Prates, São Geraldo II e os conjuntos residenciais Minas Gerais, Monte Sião, Vitória e Cedro são os mais afetados.

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