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A Copasa afasta qualquer risco da retomada de rodízio em Montes Claros neste ano. A garantia foi dada ontem durante audiência pública realizada na Câmara de Vereadores. A reunião foi solicitada pelos parlamentares após várias especulações na cidade de que a suspensão do racionamento, desde 13 de setembro, teria sido uma medida eleitoreira e que o município poderia voltar a viver com escassez de água após outubro.
A audiência foi proposta pelo presidente da Casa, vereador Cláudio Prates (PTB). A decisão de suspender o rodízio chegou a ser criticada por ambientalistas e até por moradores, que não aproveitaram ontem a oportunidade de levar aos representantes da empresa os questionamentos sobre a medida. O público participante foi baixíssimo.
Após três anos economizando o recurso hídrico, com falta até para tomar banho, os montes-clarenses já contam com o abastecimento quase normal –em algumas regiões da cidade a água ainda não chega com regularidade ou pressão suficiente.
Segundo os diretores da Copasa presentes na Câmara ontem, não há a possibilidade de a população sofrer novamente com a falta d’água nas torneiras.
O sistema do rio Pacuí – que entrou em operação há duas semanas – custou cerca de R$ 88 milhões. Mas a garantia de abastecimento, segundo a empresa, não vem apenas dele.
De acordo com o diretor da Copasa, Gilson de Carvalho, uma série de ações realizadas pela companhia durante os últimos anos contribuíram para a suspensão do rodízio.
“Além da estiagem, Montes Claros sofreu com a falta de investimento no sistema de abastecimento. Hoje, temos estrutura para oferecer o abastecimento de forma eficaz. Uma série de ações fizeram com que suspendêssemos o rodízio, como a melhoria no sistema Morrinhos e Lapa Grande, colocamos 60km de rede nova, pois diminuímos os vazamentos, e temos 22 poços de captação sazonal do rio Verde Grande no período chuvoso”, explicou o diretor.
Segundo o diretor técnico da Copasa, Alex Moura, a Copasa não retirará água da barragem de Juramento durante o período chuvoso. “É nas chuvas que a barragem terá tempo para se recuperar, pois não vamos usar a água dela. Nesse período, a barragem poderá acumular água e assim abastecer a cidade no período de seca”.