Comunidade trans realiza ação solidária para celebrar dia de conscientização

Comunidade trans realiza ação solidária para celebrar dia de conscientização

Larissa Durães
O NORTE
28/01/2022 às 23:05.
Atualizado em 30/01/2022 às 01:07
 (larissa durães)

(larissa durães)

O Movimento LGBTQ+ dos Gerais (MGG) realiza neste sábado (29) uma manhã solidária em comemoração ao Dia Nacional da Visibilidade Trans e Travesti.

Serão distribuídos preservativos e folhetos educativos sobre infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além de cestas básicas. A ação acontecerá na Casa da Cidadania (Praça Raul Soares, s/n, no Centro), das 9h às 13h.

A ação tem o apoio do Projeto Amor e Vida e da Prefeitura de Montes Claros. O evento “Trans Realidades: Existimos, Vivemos, Lutamos” é de grande importância para expor a marginalização e preconceito que esse público sofre nesse sertão e no Brasil como um todo, afirma José Cândido Filho (Candinho), presidente do MGG.

“No ano passado, mais de cem travestis, homens e mulheres trans foram assassinados devido à identidade de gênero. Ou seja, o Brasil ainda é campeão de mortes LGBTQ+, principalmente de travestis e transexuais. E isso é inaceitável”, ressalta o presidente.

Na programação do evento, palestras sobre o tema proferidas pelo professor da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e coordenador do Núcleo pela Diversidade Sexual de Gênero da Universidade (Inserto), Marcelo Brito, e a professora universitária e doutoranda em Desenvolvimento Social na Unimontes, Simone Araújo.

Marcelo Brito explica que o 29 de janeiro marca a luta por mais representatividade do grupo LGBTQ+ e para conscientizar as pessoas sobre o respeito à visibilidade trans. “Todo mês de janeiro é voltado para o debate e discussão a respeito da transexualidade, mas poderia ser todo dia, já que é um assunto muito relevante”, destaca o professor. 

Marcelo diz que é preciso que todas as pessoas cis – aquelas que se identificam com o “gênero de nascença” – e pessoas trans estejam unidas nessa luta. “Devemos reeducar as pessoas, porque existe um contexto histórico de formação do Brasil que é racista e machista. Por isso, devemos falar sobre o assunto sempre que se pode”, avalia.
 
MOBILIZAÇÃO
O professor afirma que o “enfrentamento à violência, seja ela qual for, é responsabilidade social de todos os cidadãos, independentemente de gênero, orientação sexual ou identidade”.

É o que acredita a professora Simone Araújo. Para ela, uma ação dessa natureza, como este evento, tem um valor simbólico muito grande para o movimento LGBTQ+ e aliados. “Embora nossa luta seja diária e demorada, essas datas especiais servem para mobilizar e sensibilizar a opinião pública”.

Simone acredita que, quando o assunto é colocado em pauta, as pessoas tendem a refletir mais a respeito. “Por isso é tão importante falar, discutir e divulgar”.

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