(MANOEL FREITAS)
O espaço que era para ser uma referência da cultura gastronômica montes-clarense tem se tornado uma dor de cabeça para comerciantes e frequentadores. O Mercado Municipal está cada dia mais sucateado, gerando prejuízos para os lojistas e desestimulando a visita dos moradores e turistas.
O NORTE mostrou na edição de ontem que o calor excessivo no local, em função da estrutura inadequada, tem acelerado a perda de produtos, como frutas, legumes e verduras. Hoje, o foco são outros problemas, não menos importantes e gritantes.
Os banheiros são alvos de queixas constantes de quem frequenta o Mercado. Por falta de manutenção, estão em situação lastimável. Mas os usuários também têm sua parcela de responsabilidade.
Nos três sanitários masculinos, apenas uma torneira funciona e não há registros para dar descarga nos mictórios. Alguns estão sem portas e sem condições de uso por causa da falta de manutenção.
José Américo, responsável pela conservação dos mercados municipais, disse que o problema é difícil de ser solucionado. “Eles roubam tudo. A gente tira as torneiras e os registros para eles não pegarem, mas não tem jeito: se você coloca hoje torneiras de plástico, amanhã elas não estão lá mais. E se forem de metal, aí que roubam mesmo”, revela.
Um dos faxineiros que trabalha no Mercado diz que “o pessoal que usa o banheiro dá um trabalho danado e usa até faca”.
O problema é de difícil solução, na avaliação do gerente do Mercado Municipal, Paulo Alckmin. “O Mercado é aberto ao público em geral há quase 34 anos e é complicado manter uma regularidade ao longo de tanto tempo”, afirma.
LIXO
Outra situação que chama a atenção de quem frequenta o espaço é a proximidade entre a área de descarte de lixo com os açougues – parede e meia com os estabelecimentos, o chorume escorre dos cascos de lixo, atraindo moscas e produzindo mau cheiro.
Sobre esse aspecto, o gerente garantiu que a nova empresa terceirizada há um ano recolhe regularmente, “de modo a não representar nenhum risco, enquanto a outra empresa deixava até oito caçambas acumularem os resíduos”.