Baixa umidade traz problemas à saúde

Tempo seco e calor são um prato cheio para os problemas respiratórios; chuva deve amenizar o quadro

Christine Antonini
Montes Claros
16/08/2018 às 07:24.
Atualizado em 10/11/2021 às 01:57
 (MANOEL FREITAS)

(MANOEL FREITAS)

Tempo seco e altas temperaturas. Combinação que favorece o surgimento de problemas respiratórios e sinal de alerta para que a população redobre a atenção com a saúde. Nesta semana, a umidade do ar oscilou entre 25% e 28%, índice considerado estado de atenção –o ideal, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é acima de 60%. Já os termômetros registraram 34 graus, com sensação térmica chegando a 38 graus em pleno inverno, segundo o setor de meteorologia da Unimontes.

“Quando a umidade cai, o ar se torna árido, atingindo às vezes um aspecto de deserto: o sol brilha intensamente e as chuvas ficam quase o tempo todo ausentes”, explica o meteorologista Renan Lauton.

A situação pode mudar a partir de sexta-feira, pois a previsão é de chuva – cerca de 20 milímetros – com umidade de 53%.
 
RISCO
As crianças, especialmente os bebês, e idosos são os que mais sofrem com a baixa umidade do ar. Os sintomas mais comuns são a rinite alérgica, caracterizada por entupimento nasal, coceira, espirro e sensação de nariz escorrendo, e a asma, que se manifesta com chiado no peito, tosse e falta de ar.

Às vezes, a criança com asma só apresenta tosse persistente ou um aperto no peito após a prática de exercícios. 

O médico alergista João Belchior Mendes pontua que ambientes fechados e com ar-condicionado também contribuem para as rinites alérgicas. 

“É um paradigma, pois estes ambientes são propícios a mofo e poeira que ajudam na proliferação de ácaros. Contudo, também não é indicado fazer atividades ao ar livre, por exemplo, uma vez que a umidade está baixa e dificulta a respiração”, ressalta. 

Mãe de dois filhos, Danielly França conta que todos os anos, entre os meses de junho e agosto, as crianças precisam de atendimento médico. 

“Tive que comprar um umidificador de ar, pois, desde bebê, Pedro sofre com o tempo seco. Eles ficam enjoadinhos, não conseguem dormir direito, então não ficam bem durante o dia. Nessa época, tenho que levá-los ao posto de saúde para fazer inalação. É sempre muito sofrido”, conta.
 
RECOMENDAÇÕES
Quem não tem condições de comprar um aparelho umidificador de ar pode improvisar em casa com um balde ou bacia d’água no quarto ou uma toalha molhada. 

“Abrir as janelas, deixar cobertores, lençóis e travesseiros sempre limpos, evitar tapetes e cortinas”, ensina o médico. Além disso, ele aconselha a lavar as narinas com soro fisiológico –coloque o soro em uma seringa e a introduza no nariz e abra a boca.
 
AUTOMEDICAÇÃO 
É comum as pessoas tomarem algum tipo de anti-histamínico para reduzir os sintomas das alergias respiratórias. O alergista João Belchior alerta para os perigos de se automedicar.

“Alergias respiratórias podem ser confundidas com resfriados, gripes ou viroses. Por isso, é necessário o diagnóstico de um médico”. 

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