A prefeitura de Montes Claros, por meio de uma ação conjunta das secretarias de Cultura e de Obras, implementa uma série de intervenções de recuperação e preservação dos casarões de Montes Claros. As ações serão realizadas de forma emergencial, mas, exemplificam a preocupação e o respeito com o patrimônio histórico da cidade.
No primeiro semestre de 2005, uma equipe formada de técnicos, gerentes e o secretário de Cultura, João Rodrigues, juntamente com arquitetos e técnicos da secretaria de Obras e técnicos do Iepha - Instituto estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais realizou um levantamento sobre a situação dos imóveis mais antigos da cidade, sobretudo, o casario que conta parte da história do município. A partir desse diagnóstico, a secretaria de Cultura solicitou a intervenção imediata no casarão dos Maurícios, cuja estrutura e fundação precisam urgentemente de reformas.
Casarões que se deterioram com o tempo finalmente serão
recuperados pelo município e pelo Iepha (Foto: Adriano Madureira)
As despesas com as obras de recuperação serão custeadas pelos recursos obtidos através de lei federal que prevê repasses de recursos obtidos com o recolhimento do ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços conhecida popularmente como a Lei Hobin Hood.
OBRAS
A obra de recuperação do Casarão dos Maurícios já teve início. Aberto o processo de licitação, que foi vencido pela empresa de construção Ébano ficou determinado que o imóvel receberá um ancoramento das suas fundações e estruturas feito com vigas de eucalipto tratado. A sustentação será feita em três posições: na horizontal, transversal e vertical. A obra está orçada em R$ 14,9 mil.
Para o Solar dos Oliveiras a secretaria de Cultura encaminhou, no início dessa semana novo pedido à secretaria de Obras pleiteando novas planilhas para a realização das ações de recuperação do imóvel.
A reforma do Solar dos Oliveiras, assim como o casarão dos Maurícios, segue as orientações do Iepha-MG, que prevê a recuperação das fachadas, dos beirais e dos telhados.
Segundo o levantamento feito no primeiro semestre, o imóvel não apresenta problemas em sua estrutura. Os riscos de desmoronamentos dizem respeito às fachadas, reboco dos beirais e do próprio telhado.
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