Sindicato vai tomar providencia em beneficio das mulheres que estão trabalhando na Esurb e em algumas ruas da cidade carregando concreto e tampando buracos em vias urbanas
Samuel Nunes
Repórter
vice-presidente do Sindicato dos servidores municipais de Montes Claros, Agenor Ferreira fez duras criticas à atual administração municipal e afirmou que a luta em 2007 em prol dos servidores continua. Ele diz que o sindicato tem dois objetivos no ano que está por iniciar - o primeiro, quanto aos funcionários da Esurb que não receberam os direitos trabalhistas e o segundo, quanto à data-base do servidor que será no mês de março.
Agenor Ferreira pontua a administração atual com nota abaixo de zero (Foto:Wilson Medeiros)
– No caso dos ex- funcionários da Esurb, essa é uma das nossas principais bandeiras.Vamos realizar reuniões setoriais para que possamos mobilizar todos os servidores, pois a defasagem salarial é de 58% a 95%. Com o aumento do salário mínimo uma nova matemática tem que ser feita, para isso é importante que todos os servidores participem com mais assiduidade e de maneira mais efetiva das nossas atividades e cobranças.
Ele critica o nepotismo predominante na atual administração e esclarece ainda o fato de que algumas pessoas o criticaram nos últimos dias dizendo que ele não é servidor público.
– O que eu tenho a dizer para estas pessoas é que eu voltei para o serviço público para o bem do servidor público. Podem ir ao fórum e conferir na 1º vara da fazenda a sentença do júri, autorizando minha volta para o serviço público a partir de 18 de agosto de 2006.
FISCALIZAÇÃO
Outro ponto enfatizado com veemência por Agenor Ferreira é sobre uma fiscalização mais concreta na câmara municipal de Montes Claros no tocante a projetos de interesse da população e que não são aprovados. Ele revela ainda que no mês de fevereiro o sindicato vai distribuir no comércio, e pela cidade em geral, impresso com fotos dos vereadores que votaram contra o povo em 2006.
- O aumento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) é um exemplo de projeto danoso para o povo, exigido pelo prefeito, e que tem refletido de maneira negativa no bolso do cidadão, que não tem visto nenhuma obra de alcance social na cidade que justifique o valor do imposto cobrado atualmente.
Ele lembra ainda o fato de que em toda a história política da cidade nunca o servidor do município ficou sem receber o 13º salário e que na atual administração o fato aconteceu para a tristeza e revolta dos servidores.,
- O Natal foi diferente de anos anteriores. A lei obriga o empresário a pagar o 13º, e se isto não acontecer o empresário recebe multa. No caso da prefeitura, cabe aos servidores manifestar, pois ela não é regida pela CLT - reitera Agenor.
PROCESSOS
Ele afirma que vários processos contra o atual prefeito e a prefeitura possivelmente vão deixá-lo inelegível.
– Vamos entrar na justiça com uma ação popular pelo não pagamento do 13º salário dos servidores e também pelos direitos dos funcionários demitidos da Esurb.
Outra providencia será quanto à situação de algumas mulheres que estão fazendo serviço de homem na própria Esurb e pelas ruas da cidade.
- É um absurdo o que vem acontecendo. O edital do concurso não especificou que essas mulheres iriam fazer o que fazem, se caso fossem aprovadas. De acordo com o edital, as mulheres deveriam trabalhar com serviços gerais e não carregar carrinhos de concreto. O que vem acontecendo são atos de covardia e discriminação para com essas mulheres.
PERSEGUIÇÕES
Sobre as perseguições que vêm acontecendo contra alguns servidores, ele afirma que em 2007, se for comprovado algum tipo de perseguição, o sindicato vai fazer cumprir a lei de assédio moral e a conseqüência serão as ações na justiça contra quem comete atos de perseguição.
Ele pergunta ainda onde está sendo gasto o dinheiro do município, pois a cidade está toda esburacada, alguns postos de saúde não têm remédios para a população, os servidores não receberam o 13º salário e muitos fornecedores, como farmácias e o plano de saúde estão com atrasos referentes aos meses de outubro, novembro e dezembro.
- Onde o prefeito está colocando o dinheiro do povo? Ele tem de dizer isso para o povo – conclui Agenor Ferreira.