Reginauro Silva
Enviado especial
FRANCISCO SÁ - Os vereadores oposicionistas Tássio Emídio da Silva e Célia Marques Oliveira contestam entrevista concedida a O Norte pelo prefeito Ronaldo Ramon, segundo o qual a mesa da câmara vem protelando a aprovação de projetos oriundos do executivo, inclusive o que previa o parcelamento do IPTU. Segundo eles, todos os projetos de interesse da comunidade são apreciados dentro do regime de urgência sistematicamente invocado pelo prefeito, embora a presidência da casa seja exercida por um vereador da oposição, Marisvaldo Ferreira de Souza.
No caso do IPTU, Célia diz que a culpa da má informação do prefeito é de sua assessoria, já que o projeto de lei foi aprovado no dia 31 de maio, dentro do prazo regimental de 45 dias. Passando por cima da câmara, diz, o prefeito transformou o projeto já aprovado no decreto 832 (que se torna nulo), datado de 01.06.06:
Isto caracteriza um desrespeito à câmara municipal, o que se tornou uma praxe na atual administração, embora o prefeito tenha sido vereador e seja advogado.
Tássio e Célia discordam da pecha de irresponsabilidade atribuída à bancada oposicionista pelo prefeito, ressaltando que estão analisando, sempre em regime de urgência, dois projetos de lei da mais alta importância, que são os do plano de cargos e salários e o da lei de diretrizes orçamentárias. O PCS, ressaltam, oferece salários de fome aos funcionários, reduzindo pela metade o que ganham professores, motoristas e técnicos administrativos, por exemplo.
E lamentam que, apesar de ter feito com que o ex-prefeito Antônio Soares Dias passasse oito anos sendo obstruído pela bancada de oposição, que era maioria absoluta, estejam os situacionistas cobrando exatamente o contrário agora. Nesse ponto lembram que o Tribunal de Contas do Estado acaba de multar o prefeito Ronaldo Ramon por não ter, até agora, apresentado a prestação de contas do ano de 2005.