Temporal inunda casas no bairro Esplanada, em Bocaiúva

Jornal O Norte
Publicado em 17/03/2006 às 11:11.Atualizado em 15/11/2021 às 08:31.

Paulo Brandão


Correspondente



BOCAIÚVA - Correria e muito desespero foi o que se viu na terça feira, 14, no bairro Esplanada, nesta cidade. A chuva que caiu durante à tarde, inundou a parte baixa do bairro. A água invadiu diversas casas chegando a alcançar dois metros de altura. Móveis, eletrodomésticos, utensílios, documentos e outros bens de consumo doméstico ficaram debaixo d’água. Até um depósito de material de construção ficou totalmente submerso e teve parte do muro destruído pelas forças da água. A chuva caiu por aproximadamente uma hora e meia foi o suficiente para tirar o sossego de muitas famílias.



Quem usou da agilidade conseguiu salvar os móveis e aparelhos eletrônicos, mas a rapidez da inundação fez com que muita gente perdesse tudo e que os bens fossem parar na rua com a enchente. A desolação e o desespero de quem viu a água inundar a sua casa e levar os seus pertences e não poder fazer nada. Esse foi o drama vivido por três famílias das Ruas “E” e Giovani Vieira Coutinho.  



Quando a reportagem chegou ao local da inundação encontrou o Sr. Luís Altino Soares, morador da rua E, em cima de manilhas tentando recuperar um dos seus sofás que estava boiando sob a enchente. “Já é tarde, perdi tudo”, afirmou Luís Soares. Conforme seu relato é a segunda vez que acontece que a sua casa é invadida pela águas da chuva. Ao lado da casa do morador atingido pela inundação há um manilhamento construído recentemente para escoar a água da chuva.



De acordo com Luís, há uma manilha de 1,40 cm na parte alta e na parte baixa outra desembocadura de 0,80 cm de diâmetro o que impossibilita a passagem da água. “A primeira vez que a minha casa inundou procurei a Secretaria de Ação Social e eles falavam que era competência da prefeitura e esta falava que era o SAAE o responsável. Isso foi causado pelos serviços mal feitos foram colocadas manilhas de 1,40 metro na parte de cima e outra de 0,80 na de baixo. “Perdi tudo os meus móveis, documentos e até a minha feira” (cesta básica), declarou o morador.



Outra vítima é Jair dos Santos Rodrigues, morador da rua Giovani Vieira Coutinho. Ele também perdeu tudo e culpa o Serviço autônomo de água e esgoto- Saae - pelos serviços mal feitos nos bueiros e na drenagem da água. “A única coisa que deu para salvar foram as minhas roupas. Vou ter que comprar tudo de novo. O Saae e a prefeitura estão cientes do nosso problema, quando a chuva acaba eles vêm e abafam o caso. Não fizeram os bueiros que deviam escoar a água da chuva. Meu prejuízo foi quase 100% Perdi televisão e móveis. Procuramos o SAAE e a prefeitura, mas ninguém solucionou o nosso problema”.



Lílian Dias Lima, vizinha de Jair dos Santos foi a terceira vítima entrevistada pelo JC. Segundo ela, toda vez que chove acontece essa inundação e que nem pode sair para trabalhar. Os móveis que restaram foram colocados na casa da vizinha “Perdi tudo. Já entrei em contato com o SAAE e a prefeitura, mas eles não solucionam este problema. Eu vou recorrer à justiça por que trabalhei a vida toda para adquirir as minhas coisas, vem uma chuva e perco tudo”, afirmou.

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