Tiago Severino
Correpondente
PIRAPORA - Entidades públicas e privadas estiveram reunidas em Três Marias nos dias 29 e 30 para a discutir as ações relativas à mortandade de peixes. Nos vários estudos apresentados ficou constatado que ainda não foi detectada o motivo que levou à morte, em especial, do surubim. O encontro é uma ação da Rede de Cooperação Técnica que tem como objetivo difundir informações sobre a situação do Rio São Francisco.
O SAAE-Pirapora (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) – empresa responsável por fazer o abastecimento de água em Pirapora - foi a primeira instituição a tomar uma providência sobre a mortandade. Assim que soube do aparecimento de peixes mortos, em outubro de 2005, o SAAE-Pirapora colheu diversas amostras e enviou para análise no Cetec (Fundação Centro Tecnológica de Minas Gerais) e comunicou o fenômeno aos diversos órgãos ambientais.
Segundo Emerson Maurício, técnico-químico do SAAE-Pirapora, a empresa se preocupa com as condições do Rio São Francisco e toma uma série de medidas para manter o padrão de qualidade e fazer o monitoramento da água. O SAAE-Pirapora enviou recentemente uma amostra de um peixe para ser analisada pelo Cetec. O resultado saíra nos próximos 15 dias.
As hipóteses levantadas para a causa da morte são agrotóxicos, contaminação metalúrgica, estresses ambiental e falta de oxigênio. Esta última já descartada pelos pesquisadores. Emerson afirma que é necessário levantar e estudar todas as hipóteses possíveis que poderiam ocasionar a mortandade. Durante o comentário que fez no evento, o técnico do SAAE-Pirapora disse que “não basta apenas imputar a responsabilidade a alguém ou pesquisar apenas um motivo, sem tomar nenhuma medida. É preciso que sejam feitas ações práticas para a solução do problema”.