Na última segunda-feira, 17, a ACI - Associação Comercial Industrial e de Serviços efetivou a doação do Projeto de Engenharia e Adequação, Melhoramentos e Restauração da BR–135 ao DNIT - departamento nacional de Infra-estrutura de Transporte. Com um custo estimado em 360 milhões de reais, a restauração compreende um trecho com extensão de 300 km entre Montes Claros e o trevo da BR-040.
O Projeto foi elaborado pela empresa Engesolo, que, na ocasião, apresentou às lideranças políticas e empresariais um vídeo explicativo sobre o que deverá ser feito para a melhoria do trecho em questão.
- É um projeto moderno que privilegia a tecnologia usada na conservação e manutenção de estradas através do asfalto polímero, mais flexível, dando condições de vida útil de até 10 anos, diz Marco Antônio Figueiredo, coordenador do projeto.
Pela análise dos dados sobre o asfalto da BR-135, esse foi construído na década de 60. Hoje, os veículos pesados trafegam com carga muito superior à daquela época, chegando a cerca de 80 toneladas, o que contribui substancialmente para a deterioração do asfalto. Com a reforma proposta, o asfalto polímero, aliado a um trabalho de reciclagem, ajudará na vida útil da rodovia.
REESTRUTURAÇÃO
Ao longo do trecho, o asfalto será recapeado e os acostamentos pavimentados; será implantada a 3ª faixa em 20% da rodovia, cerca de 50 km de aclives. Serão implantadas sete interseções - rotatórias não vazadas - para maior segurança dos usuários; 4 travessias urbanas também serão melhoradas e 30 pontes serão alargadas de 10m para 13m.
O coordenador Geral de Construção Rodoviária do DNIT, Luiz Munhoz Prosel Júnior foi enviado para receber os 18 volumes contendo o projeto.
- Tenho certeza de que o projeto é bem elaborado e a análise e aprovação do DNIT será certa, disse Munhoz ressaltando que a iniciativa da ACI serve de exemplo para todo o país, pois sabemos que muitos recursos são perdidos por falta de projetos.
O deputado federal, Virgílio Guimarães, garantiu o apoio da bancada para mobilizar recursos para o norte de Minas no orçamento de 2007.
- A região tem estradas federais sem pavimentação, deixando várias cidades até sem transporte interestadual.
Minas tem a maior malha rodoviária do país e não pode ficar sem recursos de manutenção, lembrou o deputado
REDUZINDO CUSTOS
O presidente da ACI, Jamil Habib Curi ressaltou que o governo aponta para a possibilidade de privatização da BR-135 e essa restauração ajudará a diminuir os custos para o setor privado que venha a operacioná-la, ou seja, diminuirá os custos de pedágio para os usuários.
- Esperamos que com esse primeiro passo, o DNIT cumpra a obra, para que os usuários possam desfrutar de uma rodovia com qualidade de tráfego, sem prejuízos econômicos e sem mortes por falta de conservação da via.