Representante da Região na Comissão Nacional de Agricultura

Jornal O Norte
Publicado em 20/12/2006 às 13:44.Atualizado em 15/11/2021 às 08:46.

Presidente do Sindicato Rural de Moc foi escolhido para representar Minas na Comissão Nacional para Assuntos do Nordeste



Pedro Ricardo


Colaboração para O Norte



O presidente do Sindicato Rural de Montes Claros e da Associação dos Sindicatos Rurais do Norte de Minas – Aspronorte, Júlio Gonçalves Pereira, foi escolhido pela diretoria da Federação da Agricultura do Estado de Minas Gerais – Faemg, para ser o representante mineiro na Comissão Nacional para Assuntos do Nordeste, ligada à Confederação Nacional da Agricultura – CNA. A Comissão é formada pelos presidentes de todas as federações de agricultura dos Estados nordestinos, ai se incluindo Minas Gerais pelo fato de o Norte de Minas e os vales do Jequitinhonha e Mucuri serem integrantes da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – Sudene, cuja lei de recriação da autarquia foi recentemente aprovada pelo Congresso Nacional.



Na segunda quinzena de janeiro de 2007, durante a realização da primeira reunião da Comissão Nacional para Assuntos do Nordeste, em Brasília, Júlio Gonçalves Pereira vai apresentar à diretoria da CNA proposta de que a Sudene seja recriada com o objetivo de ser uma das principais aliadas do Banco do Nordeste no sentido de promover o desenvolvimento regional. Na opinião do líder ruralista norte-mineiro, pelo fato de na área mineira da Sudene o setor agropecuário ser um dos maiores geradores de emprego e renda, há necessidade dos segmentos pecuário e agrícola serem contemplados com maior volume de investimentos, “uma vez que grande parte da população regional vive direta ou indiretamente dos recursos gerados pelo setor agropecuário”.



Júlio Pereira assinala que da mesma forma que em outras épocas os setores industrial e comercial foram um dos mais contemplados com o repasse de recursos da Sudene, antes da autarquia ter sido extinta pelo ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso, é preciso que nesta nova fase de recriação da Superintendência o setor agropecuário também seja beneficiado com o recebimento de um maior volume de investimentos, “pois isto garantirá o alcance de maiores níveis de competitividade para a economia regional” – afirma Pereira.



O presidente do Sindicato Rural de Montes Claros destaca também que na primeira reunião da Comissão Nacional de Assuntos do Nordeste, defenderá a necessidade da diretoria geral da CNA definir uma estratégia de ação para reabrir as negociações com o Governo Federal para o endividamento dos produtores rurais que não foram beneficiados com a promulgação da Lei 11.322. Segundo Júlio Pereira, os agricultores que possuíam financiamentos com valores superiores a R$ 100 mil na origem, estão impedidos de renegociarem suas dívidas junto aos bancos oficiais, especialmente com o Banco do Nordeste. Com isso, ressalta o líder ruralista, “os produtores rurais do Nordeste, de Minas Gerais e do Norte do Espírito Santo estão impedidos de terem acesso a novos financiamentos, o que de certa forma impede uma maior alavancagem do setor agropecuário”.



Lembra Júlio Pereira que para o próximo ano a Superintendência do Banco do Nordeste para os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo tem previsão de aplicar R$ 264 milhões em novos investimentos, “mas a falta de renegociação das dívidas dos produtores rurais que possuem financiamentos com valores acima de R$ 100 mil na origem, compromete a possibilidade da instituição financeira alcançar os objetivos almejados. Isso acaba prejudicando a economia regional, a geração de novos empregos e o aumento da renda dos trabalhadores, o que vai totalmente contra às necessidades de crescimento do país e o combate ao desemprego e à pobreza” – frisa Júlio Pereira.



O presidente do Sindicato Rural de Montes Claros entende que a decisão dos presidentes da Faemg, Roberto Simões, e da CNA, Antônio Ernesto de Salvo, em escolhê-lo para representar Minas Gerais na Comissão Nacional de Assuntos do Nordeste aconteceu num momento bastante positivo para o Estado, em virtude da recriação da Sudene. “Precisamos unir forças com as lideranças do Estado e do Nordeste para viabilizarmos junto ao Governo Federal a recriação de uma Sudene bem estruturada e forte o suficiente para retomar os investimentos em projetos sustentáveis e que incrementem de forma efetiva o desenvolvimento regional. Isso trará benefícios para toda a sociedade e a economia do país como um todo” – conclui Júlio Pereira.

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