Benjamim Oliveira Júnior


Correspondente

JANAÚBA – A Fundação Banco do Brasil entregou ontem, terça-feira, diplomas a 403 descendentes de gorutubanos que participaram do projeto de alfabetização dos quilombolas do Gorutuba, comunidade instalada na região de Janaúba. Durante oito meses, os jovens e adultos de seis municípios aprenderam a ler e escrever e tiveram acesso à formação de cidadania.

Com apoio do ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e da Fundação do BB, o comitê de combate à fome da microrregião da Serra Geral de Minas desenvolveu trabalho de assistência aos quilombolas nos municípios de Janaúba, Jaíba, Pai Pedro, Porteirinha, Catuti e Gameleiras.

De acordo com Rosângela D´Ângelis Brandão, presidente do comitê da microrregião, houve assistência na área de oftalmologia, inclusive com a aquisição de óculos para as pessoas que necessitaram desse instrumento. Além da alfabetização, explica Rosângela – membro da Fundação do BB – foi implantado o sistema de distribuição de água para as famílias dos quilombolas.

ORIGEM E VIVÊNCIA

Há quase três anos a vida dos quilombolas é pesquisada pelo antropólogo Aderval Costa Filho, do ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O estudioso concretiza uma tese sobre a origem e vivência dos descendentes dos primeiros habitantes da região de Janaúba:

- É uma gratificação por ter um trabalho de campo com resultado, mesmo antes de ser concluído, numa melhoria da qualidade de vida dessa gente.

Na solenidade de entrega dos diplomas aos quilombolas, o diretor do Banco do Brasil em Minas Gerais, Luís Carlos Felipe, ressaltou que esse projeto de alfabetização dos quilombolas do Gorutuba servirá de modelo a ser implantado em outras comunidades do Brasil.