Oliveira Júnior
Correspondente
JANAÚBA – O engajamento da Igreja Católica no Projeto Jequitinhonha é para ajudar o povo da região e evitar a migração sazonal. A colocação foi feita pelo Arcebispo Metropolitano de Montes Claros, Dom Geraldo Majela de Castro, que acompanhou os bispos dos vales do Jequitinhonha e Mucuri na visita aos projetos de irrigação do Gorutuba e Jaíba.
Na opinião de Dom Geraldo Majela, a migração temporária atrapalha o desenvolvimento do Norte de Minas e dos vales, sobretudo no que diz respeito na formação familiar. O arcebispo disse que o projeto tem como objetivo amparar as famílias concedendo lhes condições para o plantio, a colheita e a comercialização. Diante disso, cita o líder religioso, concede-se trabalho e, conseqüentemente, a harmonia na família.
Dom Geraldo Majela entende também que as propostas terão êxito com a execução de projetos na área educacional e de forma que a população seja preparada para os costumes do trabalho. - O investimento na agricultura familiar é um obstáculo evitar o distanciamento entre membros da família, principalmente os maridos e filhos que vão para outras regiões em busca de trabalho e, na maioria das vezes, por lá ficam para desespero das esposas e mães – disse o arcebispo.
O Bispo Dom Frei Severino Clasen, da Diocese de Araçuaí, também enalteceu o propósito do projeto Jequitinhonha e entende que um dos pontos fortes desse programa é o cooperativismo e a conscientização do aproveitamento de técnicas e das potencialidades como forma de ampliar e dinamizar a produção, principalmente de alimentos.