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Domingo,6 de Julho
Minas do Norte

Projeto “Forrageiras para o Semiárido” avança na região

Pesquisa é contínua; expectativa é que contribua para melhoria da pecuária no Norte de Minas

Larissa Durães
Publicado em 05/12/2022 às 23:11.

Para poder analisar opções de forrageiras de gramíneas anuais e gramíneas perenes que melhor se adaptam à região – no que se refere a produtividade, sobrevivência ao clima, palatabilidade animal –, entre outros, foi realizada pesquisa no mês passado, em uma Unidade de Referência Tecnológica (URT) no Norte de Minas. 

O plantio de BRS Paiaguás, BRS Piatã, Capim-buffel e Massai, marcou o início da 2ª etapa do Projeto Forrageiras para o Semiárido em Montes Claros. Nesta fase, as forrageiras selecionadas passarão pelo teste de pisoteio animal em uma URT.  

“Nossa previsão é que daqui a 60 dias, caso os pastos estejam estabelecidos, entrarmos com os animais na área para iniciar, de fato, as avaliações de resiliência ou resistência e o comportamento dessas forrageiras sob pisoteio animal, em um sistema rotacionado e dentro deste período vamos continuar a fazer nossas coletas de dados, como capacidade de suporte do pasto, sobrevivência. E, em paralelo, estaremos avaliando o desempenho de ganho médio de peso desses animais”, informa a consultora de campo do Instituto CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Alenilda Carvalho de Novais. 

Ela garante que o projeto vem conquistando importantes resultados para o Norte de Minas.
 
VARIEDADES 
As quatro espécies escolhidas são as que apresentaram melhor resiliência e maior produtividade na primeira fase do projeto, implantado em 2017.  

“Três variedades (Paiaguás, BRS Piatã, e Massai) também servem para produção de gado de corte. Já a 4ª (Capim-buffel) foi escolhida em relação à consulta realizada localmente com os produtores”, diz. 

A estratégia para essa pesquisa foi estruturada a partir da identificação de problemas comuns aos produtores do Norte de Minas na hora de alcançar melhores números de produtividade, perda de capim e prejuízos constantes para refazer o pasto. 

Ao longo dos últimos anos, o acompanhamento da evolução das gramíneas foi testado em diversos cenários, como o plantio individualizado e em consórcio com outras espécies, além do estudo de alternativas de reserva estratégica de alimento, caso da palma, que teve alto índice de sobrevivência nas pesquisas em todas as URTs.

O teste consiste no fato de que cada tipo de gramíneas ficará em piquetes separados (tanto para o período seco quanto para o chuvoso), onde receberão seis animais cada, em sistema rotacionado. Antes da entrada dos animais, neste caso da bovinocultura de corte, os pesquisadores irão analisar, entre outros indicadores, a capacidade de suporte do pasto e a compactação do solo.

CICLO PRODUTIVO 
Já a expectativa é que essas informações ajudem os produtores rurais na tomada de decisão, proporcionando alimento aos animais com qualidade e em quantidade durante todo o ciclo produtivo do ano em regiões de semiárido, com índices pluviométricos irregulares.  

“Precisamos aprender a conviver com a seca. E nada melhor do que trazer conhecimento, especialmente sobre as gramíneas, que se comportam melhor sobre as nossas condições climáticas. Não existe gramínea milagrosa. A melhor é aquela que se adapta em sua região. Então, cabe ao produtor ter esse conhecimento, essas informações e dispor de variedades”, destacou o gerente regional do Sistema Faemg Senar em Montes Claros, Dirceu Martins.

A pesquisa é realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Sistema Faemg Senar; Embrapa, Epamig e Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros.

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