Alexsandro Mesquita e Cinara Ferreira
Correspondentes
GLAUCILÂNDIA - Mesmo com o fim do Fundef - Fundo de manutenção e desenvolvimento do ensino fundamental e de valorização do magistério - no final deste ano, e sem a certeza de que ele continuará, o município de Glaucilândia realizou na manhã de sexta-feira o 1º seminário municipal sobre o assunto, para que os profissionais da área de educação conheçam melhor seus direitos.
O espaço também foi aberto para discussão em torno do assunto, quando os professores puderam fazer perguntas e tirar dúvidas.
Terezinha Mesquita Maia, secretária municipal de Educação, na abertura do evento, aproveitou para falar sobre a avaliação em nível estadual, que aconteceu entre os dias 08 e 11 de agosto, a qual os alunos da rede municipal se submeteram e tiveram um bom desempenho.
- Dos 30 municípios avaliados, Glaucilândia foi o segundo melhor. Da avaliação constam os nomes de todos os alunos com as notas obtidas, que serão levadas ao conhecimento dos pais sobre o aproveitamento de cada um, conforme explica Terezinha.
O prefeito Marcelo Ferrante diz que está muito feliz porque as contas de 2005 foram aprovadas pelo Tribunal de contas. Lembra ainda que teriam de ser gastos 60% dos recursos adquiridos pelo Fundef na educação, entretanto, em 2005 foram gastos 65%, e que, ainda, todos os projetos encaminhados à câmara de vereadores foram aprovados por unanimidade, e que isso mostra a seriedade do trabalho realizado.
- Um seminário como este mostra que estamos fazendo as coisas da forma que devem ser feitas. Inclusive, dentre os 98 municípios no Norte de Minas, Glaucilândia é o terceiro melhor colocado entre as secretarias de Saúde, no que diz respeito à prevenção do câncer de mama e de colo do útero. Conseguimos atingir a meta, inclusive maior do que a do estado - argumenta o prefeito, que aproveita o momento para informar aos convidados a aquisição de uma biblioteca pública com mais de 2 mil livros.
Maria Ducarmo Silva, presidente do Conselho municipal do Fundef, diz que desde 1998 muitos profissionais da área de educação não tinham real conhecimento sobre o assunto.
- Superou as expectativas, mas esperávamos mais perguntas e participação da classe, no entanto, houve poucas. A gente não sabe se existiu realmente entendimento, se foi proveitoso, ou as pessoas que tinham dúvida se calaram. Se qualquer pessoa quiser fazer uma denúncia, ela pode se fundamentar por escrito, para que nós possamos procurar os órgãos competentes para solucionar a dúvida. As reuniões acontecem na câmara de vereadores todas as últimas sextas-feiras do mês, e são abertas a todas as pessoas, inclusive com a presença de suplentes da comissão. Eles só não podem opinar - esclarece Ducarmo.
Frank Lopes, contador da prefeitura, esclarece outros assuntos, como o pagamento de abono e a metodologia de trabalho de cada administrador. De acordo com explicação do contador o Fundef, é um recurso de 15% retirado de cada município, independentemente do tamanho, depositado numa conta do banco do Brasil e repassado novamente aos municípios por número de alunos matriculados na rede municipal, seguindo o senso feito no ano anterior.
A presidente do conselho municipal do Fundef, Maria Ducarmo disse que agora é aguardar para saber o que vai acontecer no próximo ano quando será decidido se o Fundef continuará ou se será mudado para Fundeb.