O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) realizou nesta semana, em Montes Claros, a primeira formatura da turma do Norte de Minas para alunos do 7º do ensino médio. A Escola Estadual José Beato de Anchieta foi escolhida para desenvolver o projeto piloto na cidade e região. Programa é uma parceria entre a Polícia Militar e as comunidades escolares e familiares. 

Com a proposta de fomentar o adolescente que está saindo do âmbito escolar a ser protagonista da sua história, o Proerd tem como objetivo ensinar os jovens resistirem às drogas, e também às ofertas de certas pressões dos grupos, e de atos violentos. Ao todo 35 alunos da José Beato receberam o diploma em evento festivo de homenagens, na 11° Região da Polícia Militar em MOC. 

“Tentamos mostrar para os jovens que eles são importantes na sociedade, na sua comunidade e que ele tem que se mobilizar para que a sua comunidade vá bem. E dentro dessa perspectiva, a gente fomenta também que eles tentem desenvolver a cultura da gentileza, porque quando se faz o bem para alguém onde o bem se retorna para a gente. Então, a gente tenta fazer com que o currículo do ensino médio seja voltado justamente para isso: protagonismo juvenil e cultura da gentileza”, explica o sargento Leonardo Maia, instrutor do Proerd na escola e mentor do programa no Centro de Treinamento de Minas. 

O sargento explica que o currículo padrão do Proerd é o que contempla alunos do 5° ano voltado para a resistência às drogas e à violência. O novo modelo já não é tão voltado para este tema. “Nesse novo currículo piloto a questão de prevenção às drogas não é o carro chefe da proposta. A gente fala, reforça esses assuntos, mas a maior proposta é que eles sejam protagonistas da sua própria vida onde eles sejam capazes de tomar decisões seguras e responsáveis”, completa.
 
A VOZ DA JUVENTUDE
“Participar do Proed foi um momento maravilhoso. Hoje, no ensino médio, muitos dos adolescentes estão envolvidos com uso de drogas e o projeto vem para descontrair e orientar a todos os estudantes sobre as consequências e também orientar em relação ao futuro de todos nós. Fomos acolhidos de uma forma fantástica por todos os envolvidos com um momento de aprendizado que levaremos para vida toda. Tudo foi claramente ensinado e debatido onde ao mesmo tempo a orientação que foi passada de uma forma descontraída não foge de mostrar a dura realidade que muitos estão vivendo e os riscos para cada um que resolve seguir um mal caminho”, conta a aluna Thayná Gonçalves de 17 anos. 

Além da Escola Estadual José de Anchieta a Escola Estadual João de Freitas Neto se prepara para formar duas turmas que também utilizarão o novo currículo. Ao todo, serão dez projetos pilotos executados para o ensino médio com duração de um semestre para realização de todas as atividades.

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