Fechando o verão

Primeiro dia de outono será marcado por altas temperaturas no Norte de Minas

Alexandre Fonseca e Leonardo Queiroz
amfjornalista@gmail.com | leonardoqueiroz.onorte@gmail.com
Publicado em 19/03/2024 às 19:00.
Durante o equinócio de março, conforme explicado pela astrofísica norte-mineira, Amanda Araújo, o Sol nasce precisamente no ponto cardeal leste e se põe no ponto cardeal oeste (CNA/SENAR)

Durante o equinócio de março, conforme explicado pela astrofísica norte-mineira, Amanda Araújo, o Sol nasce precisamente no ponto cardeal leste e se põe no ponto cardeal oeste (CNA/SENAR)

O outono, estação de transição entre o verão quente e úmido e o inverno frio e seco, começa nesta quarta-feira (20) à 0h06 e termina no dia 21 de junho às 17h51, abrindo caminho para o inverno, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para este primeiro dia de transição de estações, o Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge) prevê chuva isolada e não significativa no oeste do Norte de Minas. Além disso, as temperaturas máximas seguirão acima dos 30°C à tarde, com picos superiores a 35°C no extremo norte-mineiro.

O coordenador da estação meteorológica da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Renan Laughton, explica que a estação é marcada por uma alteração astronômica chamada de equinócio. “A partir de agora os dias ficarão menores que a noite e teremos uma temperatura mais amena. Também teremos uma diminuição das chuvas que marca o começo da estiagem na nossa região”, explica Renan Laughton, coordenador da estação meteorológica da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). 

“A posição da Terra em sua órbita ao redor do Sol e a inclinação de seu eixo de rotação em relação ao eixo perpendicular do plano de sua órbita (23º27’) são os fatores que estabelecem as estações do ano. À medida que a Terra gira ao redor do Sol, com a inclinação entre os planos de rotação e translação, a inclinação da radiação solar que incide na Terra se altera provocando o principal motivo das diferenças de temperatura em diferentes regiões do nosso planeta” explica a bacharela em astrofísica e mestranda em astronomia pelo Observatório Nacional, Amanda Silva de Araújo.

“No equinócio de março, equinócio de outono para o hemisfério sul e equinócio de primavera para hemisfério norte, que acontecerá no dia 20 de março desse ano, o Sol nasce exatamente no ponto cardeal leste e se põe no ponto cardeal oeste, cruzando o equador celeste indo do hemisfério sul para o hemisfério norte. Daí em diante, o sol vai nascendo cada dia mais afastado do leste na direção norte, e o hemisfério sul passa a receber cada vez menos radiação solar do que o hemisfério norte, até chegar no dia do solstício de junho (quando o sol atinge o ponto mais distante do equador celeste para o norte) e começa a voltar para o leste”, completa Araújo. 

Ainda sobre as precipitações, Renan ainda observa que, com a diminuição das chuvas, a tendência é que o período seco se inicie em dois meses. Além disso, destaca que alguns cuidados permanecem os mesmos. “É muito importante nos mantermos bastante hidratados para evitar a secura do ar que se intensifica nesse período. Importante também evitar a exposição ao sol onde em nossa região a intensidade das radiações solares são bastante elevadas, mesmo neste período”, diz. 
 
FENÔMENOS 
De acordo com informações do relatório do Inmet em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), durante a estação será possível observar as primeiras ocorrências de fenômenos adversos, típicos do outono, como: nevoeiros nas regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste; geadas nas regiões Sul e Sudeste e em Mato Grosso do Sul; neve nas áreas serranas e nos planaltos da Região Sul e friagem no sul da Região Norte e nos estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. 

Ainda conforme o estudo, o outono 2024 nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a previsão de chuva acima da média em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, irá favorecer a manutenção do armazenamento hídrico no solo, beneficiando o desenvolvimento dos cultivos de segunda safra. Nas demais áreas, existe possibilidade de redução da umidade do solo. Esta condição poderá causar restrição hídrica para os cultivos de segunda safra.

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