Manoel Freitas


Repórter





Nada menos do que 50 prefeitos presentes à reunião de ontem, terça-feira, da Amams assinaram manifesto de apoio ao escritor José Prates, prefeito de Salinas, expulso pela executiva municipal do PT por ter apoiado, no ano passado, o governador reeleito Aécio Neves - PSDB. É que, durante a campanha, o também ex-presidente da Academia de Letras do Distrito Federal cunhou a frase Lulécio, conclamando os prefeitos do PT e dos demais partidos a apoiarem Aécio Neves e Luiz Inácio Lula da Silva. O movimento culminou com uma reunião em Montes Claros, no dia 15 de agosto de 2006, durante a qual 183 prefeitos declararam publicamente apoio aos dois candidatos.





Superando até mesmo a histórica rivalidade que existe entre os dois municípios, o prefeito de Taiobeiras, Dermeval Germano - PFL, assinou o manifesto, sob o argumento de que radicalismo não leva a nada e que o PT de Salinas precisa demonstrar maturidade e não caminhar na contramão da história.

PRESO POLÍTICO





Após a reeleição de Valmir Morais, José Prates fez uso da palavra e – em tom de desabafo - disse que antes de consumar sua expulsão, o PT de Salinas deveria levar em conta seu passado, como – também – lembrar que o presidente Lula só foi reeleito por contar com o apoio de diferentes correntes partidárias.





- Fui preso político e exilado. Fiquei um ano e meio na prisão, e nem por isso carrego ressentimento ou ódio no coração – prosseguiu emocionado, lembrando que dois de seus filhos nasceram no exílio e que foi preso e torturado durante um ano e meio.