Conhecida como
Ponte do Nego Ró,
pinguela é usada para
arriscada travessia
Oliveira Júnior
Correspondente
JANAÚBA – Pouco mais de sete semanas, ou seja, 52 dias. Este é o período de isolamento pelo qual os moradores, principalmente do Bairro Nova Esperança, passam em decorrência da destruição da ponte sobre o Rio Gorutuba, no final da Rua Jacinto Mendes, no referido bairro. Parte da ponte cedeu no dia 17 de fevereiro, por ocasião do transbordamento da barragem Bico da Pedra, que aconteceu no dia 14 de fevereiro.
Ponte ligava o Bairro Nova Esperança, em Janaúba,
à cidade de Nova Porteirinha (foto: Oliveira Júnior)
O Comdec – Conselho municipal de defesa civil de Janaúba, relatou há um mês que o prejuízo com a destruição parcial da ponte e da travessia no Bairro São Vicente seria R$ 90 mil. Porém, passados quase dois meses, a situação persiste. O trânsito de veículos está interditado, apesar de não existir nenhuma sinalização com relação ao impedimento do tráfego de motos, carros e caminhões. Muitos condutores são surpreendidos quando descem a ladeira, com o risco de cair no rio.
Pior ainda é a situação dos moradores. Uma pinguela (viga e tábuas) serve de apoio para a arriscada travessia nessa ponte, conhecida como ponte do Nego Ró. No semblante dos moradores é visível a indignação com o descaso do poder público em não agilizar o reparo na importante travessia. Diante disso, moradores, trabalhadores e produtores rurais são prejudicados.