Tiago Severino
Correspondente
PIRAPORA - A polícia militar ambiental apreendeu duas toneladas de peixe na região de Pirapora no período da piracema. As patrulhas efetuadas entre novembro de 2006 e fevereiro de 2007, foram para evitar a pesca ilegal. Nessa época, os cardumes sobem o rio para a reprodução. Todo o pescado foi doado para entidades de assistência social. O volume é cinco vezes maior do que o recolhido entre 2005 e 2006.
O número de prisões também foi maior. Desta vez, 10 pescadores foram detidos três a mais que o período anterior. A redução aconteceu na quantidade de redes e tarrafas recolhidas. Foram 335 contra 569 da piracema de 2005. Também, menos pessoas colaboraram com a fiscalização da PM. Apenas sete fizeram denúncias, duas vezes menos do que o outro ano.
Em compensação, as multas cresceram. No período 2005-2006, foram aplicadas R$ 2.532,96, e R$ 6.791,66 entre 2006-2007. Um aumento de 268%. Além dos peixes, redes e tarrafas, a PM Ambiental apreendeu três menores, quatro armas de fogo, munição e 16 barcos, conforme o relatório da 3ª Companhia Independente de Meio Ambiente. Em quatro meses, foram fiscalizados 214 veículos, 435 pescadores e registrados 162 boletins de ocorrência.
O tenente Elton Flávio Alves Ramos, comandante da PM Ambiental de Pirapora, explica que a cheia do São Francisco fez com que os peixes se aproximassem das margens. O que facilitou a captura por pescadores. Esse é o principal motivo atribuído ao aumento no volume de pescado recolhido.
Para patrulhar uma área de 500 quilômetros, a PM Ambiental de Pirapora possui um efetivos de oito policiais. Eles possuem três caminhonetes e quatro barcos. Os PMs são responsáveis por fiscalizar as atividades de caça, pesca, identificar pontos de desmatamento ilegal e locais com indícios de poluição.