Pirapora põe mais lenha na fogueira do Benjamin Guimarães

Jornal O Norte
Publicado em 30/06/2006 às 10:34.Atualizado em 15/11/2021 às 08:38.

Tiago Severino


Correspondente



PIRAPORA - Mais uma vez, a prefeitura desta cidade fez festa, na quinta-feira, 28, para colocar em circulação o antológico vapor Benjamim Guimarães. Desta vez, o prefeito Warmillon  Braga contou com recursos do BNB para reativar a caldeira do vapor e fazer ampla divulgação do que sonha, um dia, ser o principal timoneiro do desevolvimento do turismo regional.



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(foto: Wilson Medeiros)



O BG é a única embarcação no mundo movida a lenha voltou a navegar. A embarcação ficou impedida de realizar viagens em julho do ano passado, devido a problemas mecânicos na caldeira. Para buscar uma alternativa para o problema, a Prefeitura solicitou de diversas instituições a doação de uma nova peça, até ser atendida pelo Banco do Nordeste.



A nova caldeira custa R$ 90 mil. É a primeira vez que é realizada a troca do equipamento. A peça antiga tem 93 anos e será colocada na Praça dos Fluviários, em Pirapora. Ela representará a navegação sanfranciscana, que durante 1920 e 1940 foram os fatores impulsionadores do desenvolvimento das cidades ribeirinhas.



- Olhando para o passado vislumbramos o futuro - afirma o presidente do banco, Roberto Smith. Para ele, o vapor é o principal instrumento para o crescimento do turismo na região. Smith lembra que navegou no Benjamin em 1961, quando pela primeira vez esteve no nordeste. Na época, ele era estudante de economia.



Segundo o prefeito de Pirapora, Warmillon Braga (PFL), resgatar o vapor é valorizar a cultura piraporense. A maioria da população é formada por descendentes de nordestinos, que viajaram no Benjamin e outros vapores na época áurea da navegação. Na década de 1920, a cidade ocupou a posição de pólo regional do Norte de Minas, em função do transporte aquaviário de cargas e passageiros. O prefeito afirma que Pirapora ressurge como um pólo turístico.



O vapor foi construído em 1913 nos Estados Unidos. Ele navegou no rio Mississipi, até ser comprado por uma empresa brasileira e transferido para a bacia Amazônica. Quando foi, posteriormente, adquirido pela firma Júlio Mourão Guimarães, da cidade de Pirapora. A embarcação foi rebatizada para Benjamin Guimarães, em homenagem ao patriarca da família.



No ato público de reinauguração, o ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guia, fez referências ao empresário Benjamin Guimarães. Walfrido lembra que Guimarães foi um dos maiores empreendedores do ramo de transportes. O ministro diz que a memória do homenageado viverá junto com a embarcação.

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