O comerciante Geraldo Francelino vem travando uma intensa luta com a justiça, há quase seis meses para recuperar o seu caminhão Ford Cargo 1318, perdido em negócio mal feito.
Em setembro do ano passado, Geraldo vendeu o seu caminhão para Fábio José Magela Caldeira ao preço de R$ 24.100 (vinte e quatro mil e cem reais). No acordo ficou acertado que Fábio Caldeira emitiria a Geraldo cheques nos seguintes valores: R$ 5.500 à vista, R$ 6.400 para novembro de 2005, R$ 2.900 para outubro de 2005; R$ 5.000 para 19 de outubro de 2005; e três cheques de R$ 2.500 para os meses de novembro, dezembro de 2005 e janeiro de 2006.
Foram quitados R$ 11.800 conforme a data marcada, porém, o restante dos outros cheques voltou, e de lá para cá o comerciante não viu mais o dinheiro.
Como o seu antigo caminhão era financiado, ele foi acumulando prestações e a financeira entrou com uma ação judicial contra Geraldo. Ele procurou a justiça e foi despachada uma ação contra Fábio Caldeira.
MANDADO
O juiz da 1ª vara cível de Bocaiúva Mauricio Leitão Linhares expediu um mandato de busca e apreensão do veículo. Passados três meses, Geraldo procurou novamente justiça e fez outra procuração. Oficiais de justiça procuraram Fábio e este disse que o caminhão não estava mais em seu poder. Resultado: uma briga entre Geraldo e a justiça para encontrar o caminhão.
Neste intervalo, o comerciante e a sua família receberam várias ameaças de que ele teria que aceitar que o pagamento fosse feito dentro de 90 fias ou então nunca mais ele veria o caminhão. Geraldo colocou anúncios nas rádios de Bocaiúva e região para que fosse informado o paradeiro do seu Ford Cargo.
NO MATO
Na data de 30/05, Geraldo recebeu uma ligação anônima de que o seu caminhão estava em uma estrada vicinal que dá acesso ao município de Guaraciama, aproximadamente quatro quilômetros de Bocaiúva. Ele acionou a polícia civil e se deslocou para o local.
O lugar onde foi encontrado o Ford funcionava uma pequena carvoaria. Mas, para a tristeza de Francelino o seu caminhão estava totalmente desmontado. Faltavam: a caixa de transmissão, motor, diferencial, transmissão, parte elétrica, dentre várias peças. Restaram somente a cabine desmontada, a carroceria e o chassi.
A polícia civil está investigando o caso e apurando se houve furto e estará ouvindo Geraldo e Fábio.
- O que quero é que seja feita a justiça. Vendi este caminhão para pagar prestações atrasadas e colocar estoque em minha loja. Há seis meses não sei o que é dormir. Depois deste resultado que encontrei peço a todos que me ajudem a punir os responsáveis, principalmente a justiça - finaliza Geraldo Francelino.