O Brasil pesquisado que aparece no Censo Demográfico 2022 traz uma população de maioria feminina. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE) são 104.548.325 mulheres (51,5%) contra uma população de 98.532.431 homens (48,5%). Somente três estados não estão inseridos neste contexto: Tocantins, Roraima e Mato Grosso, onde há predominância masculina. 
Em Minas Gerais, são 10.524.280 mulheres e 10.015.709 homens. Em Montes Claros, 215.465 mulheres contra uma população de 198.775 homens. 

Impacto Social
Maria da Luz Alves Ferreira, Professora de Sociologia da Universidade Estadual de Montes Claros ( Unimontes) afirma que Montes Claros segue a tendência nacional e estadual, que já vem dando mostras há algum tempo. Para ela essa maioria feminina se reflete em todos os setores da sociedade, inclusive, no mercado de trabalho. “O impacto social é que muitas vezes os filhos ficam sozinhos, muitas vezes vão para as ruas e se envolvem com más companhias. Mas, por outro lado é um avanço ter um maior número de mulheres, isso indica que as mulheres estão tendo mais oportunidades no mercado de trabalho”, disse. 

Responsabilidades
Esse Brasil feminino se apresenta não apenas nas relações de trabalho, mas na configuração das famílias, com mais mulheres no comando.
É o caso da comerciante, Sandra Madureira, que viúva e mãe dois filhos, hoje com 23 e 20 ano, é a provedora da família e sozinha toma das decisões, calculando e refazendo as .”Meus filhos tem excesso de mãe. Eu sempre fiz questão de trazê-los para a loja, criei um espaço para que eles pudessem estar comigo para não prejudicar a qualidade de tempo juntos. E fiz economias que eram possíveis. Vivendo o hoje, sem deixar de pensar no amanhã”, diz a entrevistada, acrescentando que colocar os filhos para viverem o dia a dia fez com que eles criassem responsabilidade. 
Mas os dados estatísticos, de acordo com a médica e jornalista Mara narciso, não são suficientes para provar a competência das mulheres . Com um filho já em idade adulta, ela revela que a tarefa de ser mãe é simples, entretanto, em situações corriqueiras, o machismo ainda impera.”Problema para mim é contratar serviços para a casa e em especial para o carro. Não somos levadas a sério, tomam-nos por incapazes, sem senso crítico e facilmente passíveis de sermos enganadas. Cobram preços mais elevados, em algumas situações e, caso questionemos, ficam grosseiros e ameaçadores”, destaca Mara, acrescentando ainda que quando o serviço é mal feito, não voltam para consertar, por estarem tratando com mulher. “É uma questão de intimidação pela força física e fala grave”, afirma

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