
Em um espaço de três hectares no Campus Montes Claros, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu instalar um Núcleo de Apoio ao Pequi, destinado a estudar e proteger o fruto que é um dos patrimônios da região norte-mineira. O objetivo é fortalecer o bioma cerrado, que tem sofrido constante devastação, resultando na perda de parte de sua flora e fauna. A verba para a construção foi obtida por meio de uma emenda parlamentar.
O Núcleo de Apoio ao Pequi terá um biodigestor, viveiros para espécies de interesse regional e credenciamento junto ao Ministério da Agricultura. “Os alunos estão envolvidos e engajados nesta atividade. Este recurso foi de extrema importância para a concretização deste projeto”, enfatiza o professor, Demerson Sanglard, responsável pelo espaço.
O Núcleo de Apoio ao Pequi e o laboratório também darão suporte às demandas da agricultura familiar do Norte de Minas e será um ponto de referência para pesquisas e bioinsumos, uma tendência da agricultura em geral. Tendo como trabalho a diversidade genética do fruto na região, o mestrando em Ciências Florestais, Pedro Victor de Souza Silva, acredita que a ação será uma grande oportunidade para os estudantes fomentarem mais pesquisas e melhorar os resultados daquelas que já se encontram em andamento.
“Então, acaba servindo como um meio de auxílio para trabalhos que buscam estratégias de conservação, ou até mesmo que apoie a agricultura familiar e as pessoas que trabalham com o pequi. Acho que é um ótimo meio de aproximar a universidade aos produtores e a empresa a fim de buscar todos os atos de melhoria acerca do pequi”, comenta o mestrando
As melhorias do pequi, segundo Pedro, seriam na quantidade e na qualidade. “Isso, porque tem pesquisadores que podem desenvolver um ou outro. Como, por exemplo, já lançaram até o pequi sem espinho, considerado um grande trabalho e desenvolvimento cientifico que teve em cima do próprio pequi”, finaliza.
Agricultura Familiar
Para a presidente do núcleo de agricultura familiar da comunidade de Salto, em Coração de Jesus, Maria Marlene Soares Nunes, essa junção entre a universidade e os trabalhadores agrícolas que trabalham com o Pequi, é fundamental. “É fundamental, porque esse laboratório é de suma importância para melhorar o fruto, o que é muito bom pra gente, porque a gente não tem o conhecimento para fazer isso e eles sim”, acredita. Núcleo é responsável por atender 14 14 municípios norte-mineiros.