Mário Osvaldo confirma denúncias contra prefeito de Francisco Sá

Jornal O Norte
Publicado em 16/06/2006 às 12:12.Atualizado em 15/11/2021 às 08:37.

Reginauro Silva


Enviado especial



FRANCISCO SÁ - Ouvido pela CLI – Comissão legislativa de inquérito, o vice-prefeito de Francisco Sá, Mário Osvaldo Rodrigues Casassanta, confirmou as denúncias de nepotismo e de contrações ilegais de obras e serviços por parte do prefeito Ronaldo Ramon – PFL. Em seu depoimento, Mário Osvaldo disse que tem conhecimento de que parentes do prefeito trabalham para a prefeitura, como seus irmãos Henderson e Aron Wolney, respectivamente secretário municipal de saúde e diretor do Hospital Municipal e diretor do SAAE – Serviço autônomo da água e esgoto, bem como o primo do prefeito, Carlúcio, que é secretário de Obras.



Disse ainda que muitos comerciantes que não são parentes do prefeito poderiam contratar com a prefeitura, citando como exemplos Tone Caetano, Wando de Brísio, Joãozinho de Humberto, Hélio, Dimas, Levi, Quincas, Isaac Ruas e muitos outros, não sendo verdade que os comerciantes de Francisco Sá não estão aptos a fornecer à prefeitura.



Diz, ainda, que parentes de vereadores ligados a Ronaldo Ramon trabalham na prefeitura, como o irmão do vereador Ramon Rios e a filha do vereador Gilberto David, Priscila, sobrinha do vereador Antônio Osvaldo, de nome Dalila, da secretaria de Saúde.



A empresa PH David, que reformou a Praça Jacinto Silveira, é de propriedade de José Costa Negro e do irmão do vereador Gilberto David, segundo o vice-prefeito. E a empresa Construtora Ltda. tem como sócio Jason, irmão do prefeito. E mais: o filho do vereador José Nildo é proprietário de linha de ônibus escolar, e o secretário municipal de Transporte, Márcio Murilo, é dono de outra linha de transporte escolar. E que a empresa Hiper Distribuidora de Produtos Médicos Ltda., que fornece medicamentos para o Hospital Municipal, é de propriedade de Endrigo, e fala-se que é também do irmão do prefeito, de nome José Nilson.



Estas e outras declarações foram confirmadas pelas testemunhas Rita de Cássia Costa e Lucas Silveira, a exemplo das ouvidas anteriormente. A relatora da CLD, Célia Marques Oliveira, diz que, agora, a comissão vai analisar as provas e documentais para, então, encaminhar o processo ao ministério público, pedindo a responsabilização do prefeito Ronaldo Ramon.

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