Benjamim Oliveira Júnior
Correspondente
JANAÚBA – Olha, achei muito bonito e interessante. É uma oportunidade para enriquecer o conhecimento. É uma aula de história e cultura fora da sala. Esta foi a expressão da estudante Renata Patrícia Barroso, da escola estadual Maurício Augusto, ao acompanhar o desfile de companhias de dança de vários países, na manhã de ontem, terça-feira, em Janaúba. Ao lado dos colegas, Renata Barroso empolgou-se com a dança indígena realizada pelo grupo Ariki Rapa Nui, da Ilha de Páscoa/Chile.
Vestidos a caráter e com disposição, os integrantes do grupo desfilaram pelas principais vias públicas da cidade.
- Fiquei encantada com a dança e também com a simpatia dos estrangeiros - diz Natália Lopes.
Ela tem o apoio da colega Jordana Veríssimo, também da escola Maurício Azevedo, ao enaltecer a simpatia dos chilenos:
- Eles são bonitos, simpáticos e educados.
O público masculino também vibrou com a vinda dos grupos de dança da América do Sul e Europa.
- Pude acompanhar de perto detalhes das culturas de outros países - afirma Gabriel Santos, companheiro de escola de Natália.
Além dos chilenos, os moradores de Janaúba conviveram ontem com exibições do folclore internacional desempenhadas pelo grupo de danças Cecília Ântica, da Itália; Vesselka, da Ucrânia; e Hajdu Folk Dance Ensemble, da Hungria.
Uma manhã e noite diferentes do cotidiano dos janaubenses, com desfile e exibições de grupos de danças internacionais. Essa foi a sensação que a população viveu ontem nesta cidade. A secretária municipal de Educação e Cultura, Luzia Angélica Aguiar, ressalta a importância de Janaúba fazer parte do círculo do VIII Festival Internacional de Folclore, que acontece até domingo, 14, em Montes Claros.
Luzia Angélica explica que a realização do evento não somente concede a oportunidade de agregar, in loco, culturas de vários países, assim como proporciona o estímulo à população a se integrarem aos eventos culturais do município. Indagada por O Norte sobre o cardápio oferecido aos gringos, a secretária disse que seria a autêntica comida mineira com a tradicional carne de sol.
Dança indígena de grupo do Chile chamou a atenção
dos janaubenses (fotos: Oliveira Júnior)
Marcelo Souto de Paula, guia do grupo da Hungria, diz que o festival e as apresentações pelo Norte de Minas e estado – Ouro Preto, dia 02; Belo Horizonte, dia 03; Pirapora, dia 05; Januária nos dias 6 e 7; e Janaúba, ontem – trazem a possibilidade de empregos diretos e indiretos relacionados na produção cultural, artesanato e interação de culturas.
Em Janaúba houve apresentações na noite de ontem na praça da Matriz, inclusive com o grupo Banzé, de Moc. A vinda dos grupos de danças internacionais a esta cidade foi articulada pela coordenadora geral do festival, Maria José (Zezé) Colares de Araújo Moreira, pelo presidente da Abanorte – Associação dos fruticultores do Norte de Minas, Dirceu Colares (filho de Zezé) e pela prefeitura de Janaúba.