Um crime cometido há mais de duas décadas voltou ao noticiário policial com a prisão, nesta última terça-feira (23), de um homem de 50 anos acusado de participação em um latrocínio brutal ocorrido em 2001, na zona rural de Coração de Jesus, Norte de Minas. O suspeito foi localizado em Cuiabá–MT, em cumprimento a mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça mineira. A captura foi resultado de uma ação conjunta entre a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Civil do Mato Grosso (PCMT).
A vítima, um idoso de 75 anos, foi assassinada dentro de sua própria residência, na Fazenda Faveira, na noite de 1º de maio de 2001. O crime aconteceu por volta das 23h e, segundo as investigações, foi cometido por três homens que agiram com extrema violência para roubar uma quantia irrisória de R$ 40.
De acordo com a apuração da época, um dos criminosos agarrou o idoso pelo pescoço e, em um ato de crueldade, puxou sua língua para forçá-lo a revelar onde guardava dinheiro. Enquanto isso, o segundo suspeito revirava a casa em busca de valores, e o terceiro permanecia na parte externa, vigiando para evitar qualquer reação de vizinhos ou trabalhadores da fazenda.
Durante as agressões, a vítima sofreu graves traumatismos torácico-abdominais, provocados por instrumento perfurocontundente. Os ferimentos resultaram em anemia hemorrágica aguda, levando o idoso à morte no local, sem qualquer chance de socorro.
Após o crime, os assaltantes dividiram entre si o pequeno valor roubado: um deles ficou com R$ 20, enquanto os outros dois receberam R$ 10 cada. O detalhe choca pela frieza e pela brutalidade desproporcionais diante do objetivo do crime.
O inquérito policial foi concluído em 2010, após anos de investigação. Em 2018, um dos acusados chegou a ser preso, mas foi colocado em liberdade algum tempo depois. Posteriormente, acabou condenado a 30 anos de reclusão pela Justiça.
Agora, com a prisão do homem em Cuiabá, a polícia espera avançar na responsabilização dos demais envolvidos. Dois suspeitos ainda permanecem foragidos, mesmo após 24 anos do crime. As autoridades destacam que os esforços para localizá-los continuam, reforçando a mensagem de que crimes graves, mesmo antigos, não ficam impunes.
O preso será encaminhado ao sistema prisional e permanecerá à disposição da Justiça mineira, que dará prosseguimento ao processo. A PCMG ressaltou a importância da cooperação interestadual, destacando que a articulação com a Polícia Civil do Mato Grosso foi fundamental para o cumprimento do mandado.