
A Associação Guardiões da Causa Animal, que apoia protetores independentes no Norte de Minas, alcançou a marca de 1.013 adoções de animais, celebradas nesta sexta-feira (12).
A protetora independente e presidente do grupo, Cláudia Bacchi, diz que foram 32 feirinhas de adoção realizadas até hoje e o ato de amor continua, com a participação efetiva dos que se solidarizam com a causa. “Muito se falava de ONGs, mas o protetor independente era invisível ou carregava até o estigma de louco, quando acolhia ou alimentava os animaizinhos. Acho que conseguimos modificar esse olhar da sociedade e mostrar a importância do protetor independente”, disse.
Claudia acrescenta que a tarefa, desempenhada com amor e dedicação, auxilia até no controle de doenças da população, pois, para colocar o animal em processo de adoção, ele recebe antes todos os cuidados, como castração e vacina. “E tudo que fazemos só é possível graças aos nossos parceiros do bem, que nos dão a estrutura para fazer as nossas feirinhas. Um empresta grade, outros nos dão o almoço, outros ofertam a sua capacidade profissional, é uma verdadeira corrente do bem. Esperamos para 2026 uma maior conscientização das pessoas e que a demanda desses animais abandonados diminua”, ressalta.
A adoção, conforme a protetora, acontece mediante um termo de responsabilidade assinado pelas partes. O adotante passa por uma entrevista e se compromete a cuidar do animal. “Se nessa entrevista a gente perceber que o animal não vai ser feliz ou que a pessoa não tem a condição de cuidar, a gente não entrega para a adoção”, explica.
Além do trabalho em conjunto na Associação, cada protetor tem suas demandas individuais. Claudia cuida de cerca de 50 animais, entre cães e gatos, sendo 14 em sua casa, oito em lar temporário que ela custeia mensalmente, e os demais que são de rua e alimentados e castrados por ela. Entre os que estão em casa, ela adotou dois cães com deficiência, uma paraplégica e o outro cego. A história de Lola, paraplégica, teve um final feliz. “A Lola foi abandonada e jogada em cima de britas de construção no bairro Santa Rafaela. Estava com o corpo ferido e a chance de sobrevivência era mínima. Ela resistiu e hoje está bem, temos a cadeirinha sob medida, que ela ganhou graças a um concurso no Instagram em que contamos a sua história. Está comigo há cinco anos. E o bebê, que só tem um olhinho. Eu me apaixonei por eles e fiz a adoção”, conclui.
A feirinha de adoção é realizada periodicamente pelos Guardiões e as datas e locais são divulgados previamente na rede social da associação.
