minas do norte

Governo retoma projeto da Barragem de Congonhas

Em Montes Claros, vice-governador acompanhou apresentação do novo projeto

Márcia Vieira
marciavieirayellow@yahoo.com.br
Publicado em 18/03/2025 às 19:00.
De acordo com o governador, logo após a assinatura do contrato destinado aos projetos, o governo efetuou a liberação rápida do montante de R$ 16 milhões (Dirceu Aurélio / Imprensa MG)
De acordo com o governador, logo após a assinatura do contrato destinado aos projetos, o governo efetuou a liberação rápida do montante de R$ 16 milhões (Dirceu Aurélio / Imprensa MG)

A construção da Barragem de Congonhas, em Itacambira e Grão Mogol, volta à pauta do governo estadual. Em reunião em Montes Claros, o vice-governador Mateus Simões apresentou um novo desenho do projeto a prefeitos da região. Ao longo dos anos, a obra sofreu mudanças, chegou a ser licitada e retirada da pauta. Atualizado em 2014 para atender novas exigências, o projeto agora passa por nova revisão para resolver impasses com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), gestor da obra.

“A gente resolveu abandonar a discussão com o Governo Federal e começar uma discussão nossa. Tanto que um dos pontos que vamos colocar à prova nos critérios é o ponto de revezamento que tinha sido inicialmente proposto pelo DNOCS há 25 anos”, disse o professor Mateus, que garantiu a execução do projeto a partir modalidade de Parceria Público Privada (PPP) em que ele foi colocado. “Estamos assumindo esse projeto e ele será realizado. A partir do ano que vem teremos condição de colocar em leilão e há uma vantagem, o parceiro privado só poderá usufruir dos benefícios ao entregar a obra pronta. A receita da venda de água bruta para a Copasa, a receita da venda de água para irrigação, a exploração do empreendimento imobiliário que se forma em torno do lago, tudo isso só acontece se a obra for entregue, por isso temos certeza de que não ficará na promessa”, assegurou. 

Conforme o governador, assinado o contrato para os projetos, o governo liberou imediatamente o recurso de R$ 16 milhões. O cronograma da obra indica que a entrega dos estudos será em março de 2026. Em seguida, ocorre a Audiência Pública, prevista para abril ou maio daquele ano, e no segundo semestre, haverá o lançamento do edital seguido de leilão, para as obras serem iniciadas ainda no primeiro semestre de 2027. Em relação à questão ambiental, o professor destacou que “é um impacto mínimo e as licenças não são complexas”.  
 
TRANSFORMAÇÃO 
Conforme o vice-governador, pelos próximos 20 anos, o abastecimento em Montes Claros se tornará inviável, caso não seja construída a barragem. Feita a obra, o Estado espera ampliar o desenvolvimento da região, com irrigação de cerca de 10 mil hectares, dessedentação animal, geração de energia, controle de cheias e redução de conflitos pelo uso da água, entre outros benefícios. “Não é uma obra para Montes Claros. Estamos falando de uma obra de muito impacto que vai mudar todo o entorno, desde Grão Mogol até a Bacia do Rio Verde, que passa a ser perene com a água transposta da represa de Congonhas”, finaliza. 
 
RETORNO
Ricardo Demichele, ex-secretário adjunto de agricultura, integra um grupo de articulação do projeto, criado para acompanhar a evolução da obra. Para ele, a retomada da construção tem inúmeros benefícios, entre eles, a revitalização do Rio Verde Grande, que corta 15 municípios no Norte de Minas. “As chapadas do Vale são riquíssimas para investimento, principalmente em café e frutas. As terras são valorizadas e todo mundo quer que tenha água”, disse. 

O prefeito de Itacambira, Geraldo Moisés dos Santos, acredita que “o ponto principal dessa nova configuração é a garantia de abastecimento para todas as cidades da região. O investimento traz também empregos e turismo para a região”.

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