Alexsandro Mesquita


Correspondente

GLAUCILÂNDIA - Morreu no último final de semana o fazendeiro e político João Batista da Silva, conhecido como João Paruara. Ele estava em casa e havia voltado da missa de sétimo dia da sogra. Por volta da 10h da noite de sexta-feira, deitou-se para dormir e não mais acordou. A provável causa da morte foi um infarto fulminante.

O corpo foi embalsamado para esperar os filhos que moram na Itália. A esposa e os seis filhos atenderam ao único pedido que fazia questão que se realizasse. João Paruara pedia para ser enterrado em Glaucilândia, sua grande paixão. Ele foi velado sábado na Santa Casa de Montes Claros, sedo o corpo levado domingo para Glaucilândia onde, na segunda-feira, foi enterrado por volta das 12h30.

Durante os três dias muitos parentes e amigos foram se despedir daquele que marcou sua passagem na terra com alegria e brincadeiras, como se fosse uma eterna criança. É assim que João Paruara é lembrado por cada um, que num canto ou outro contava uma parte de sua história. 

O amor por Glaucilândia ficou marcado pelas suas ações junto à comunidade e nos eventos que sempre apoiou como cidadão, político ou fazendeiro. Um dos poucos capazes de trabalhar politicamente em benefício do povo por vontade de ver o município crescer e se desenvolver.

No último momento de despedida, já no cemitério, viam-se antigos adversários políticos e também aliados de uma longa caminhada interrompida por um chamado inesperado. Todos unidos para o derradeiro encontro com o amigo.

O adeus a João Paruara também fica marcado pelos olhos lacrimejados de muitas crianças, a quem João destinou atenção, amizade e carinho. Talvez pelo fato de fazer parte de um mundo de brincadeiras, onde a gargalhada estampada no rosto fosse coisa para se levar a sério. E é assim que João Paruara vai ficar na memória dos glaucilandenses. Sempre sorrindo.