Alexsandro Mesquita
Correspondente
GLAUCILÂNDIA – Este município perde um dos personagens mais importantes de sua história, o Major Benvindo José da Silva. O homem que construiu sua própria história fez dela uma lição de vida para a família, constituída pela esposa Maria Rosa de Jesus, também já falecida, e 9 filhos, além de moradores da cidade, e principalmente para a pequena comunidade de Tabocal, onde é se situa.
Major foi tema de reportagem em O Norte, em 2005, ao completar um século de vida, uma pequena parte de sua vida, desde o seu nascimento e a saída precoce em Urandi - BA, aos 5 anos, até aportar em Glaucilândia, onde constituiu família e viveu todos esses anos.
Com mais de um século de histórias para contar, talvez a mais importante seja o exemplo em querer viver mais e mais, e a dedicação não só aos filhos, mas à tão querida Glaucilândia, que o adotou como um autêntico filho.
Na reportagem do dia 28/06/2005, os empregados contam com carinho a preocupação do patrão em deixar cada um bem instalado numa casa e pequeno terreno para que pudessem ter um local digno e melhor para morar, como o que foi doado para Sebastião Carvalho, pai de três filhos, todos nascidos e criados na fazenda Tabocal.
NOME DE PRAÇA
Major também se tornou nome de praça na comunidade de Tabocal, e sinônimo de força entre os moradores. Isto, graças aos feitos anteriormente em épocas difíceis como agropecuarista e grande político que foi, quando o município de Glaucilândia ainda era distrito de Juramento, sendo vereador e prefeito.
A verdade é que a história do Major Benvindo se funde à criação e desenvolvimento de Glaucilândia. Sendo, muitas vezes, difícil dizer se o Major realmente foi adotado pela pequena Gláucia, ou se ele a adotou e criou até os tempos de mocidade.
O fato é que estando para completar 102 anos no próximo dia 29 de junho, Major Benvindo deixa sua história como registro na história de Glaucilândia, que com certeza a manterá viva por muitos séculos.
Benvindo José da Silva morreu na madrugada de terça-feira, em Montes Claros, e foi enterrado à tarde na capela do Mucambo, em Glaucilândia.