Levantamentos aerogeo físicos para estudos de possíveis novas jazidas minerais no estado começam na segunda quinzena deste mês. Licitação pública, já encerrada, apontou as empresas Lasa Engenharia e Prospecção S/A e Prospectors Aerolevantamento e Sistemas como responsáveis, respectivamente, pela realização da pesquisa nas regiões oeste (área 7) e norte/nordeste de Minas (área 8).
Até outubro próximo deverão ser sobrevoados cerca de 117 mil quilômetros quadrados nas duas áreas, envolvendo 175 municípios total ou parcialmente. A área 7 tem uma superfície de 69.127 km² e engloba 123 municípios do Alto Paranaíba, Noroeste e Centro-oeste. Já na área 8 a superfície a ser coberta, em 52 municípios do Norte de Minas, Jequi-tinhonha e Mucuri, é de 48.208 km².
O projeto está sendo desenvolvido em conjunto pelos governos estadual e federal. Os recursos previstos são da ordem de R$ 9,7 milhões, dos quais R$ 7,8 milhões serão investidos pelo Estado e o restante pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais.
OBJETIVO
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Minas, Wilson Nélio Brumer, informou que o objetivo é detectar áreas que possam ser objeto de pesquisas geológicas. A posteriori, se a pesquisa mostrar viabilidade econômica, virá a mineração. Dentre outros, dos minérios de ouro, níquel, diamante, fosfato, zinco e cobre.
- Minas é o principal estado minerador do país, concentrando, hoje, cerca de 46% da atividade. Os resultados serão passados para empresas mineradoras, cooperativas e empresas de consultoria que queiram buscar investidores para a exploração mineral em Minas - explicou o secretário.
Dos R$ 80,74 bilhões de investimentos anunciados para o estado, a partir de 2003 e para serem realizados até 2010, nada menos que R$ 16,22 bilhões são do setor de mineração. Ou seja, mais de 20% do total a ser investido. Os investimentos no estado estão sendo realizados por várias empresas, principalmente nos setores de ouro, minério de ferro, zinco, cal, fosfato, níquel, nióbio e pedras e rochas ornamentais.
- Para que Minas Gerais ofereça, cada vez mais, oportunidade para inves-timentos, é preciso investir em pesquisas. Infelizmente, o Brasil está atrasado, no mínimo em 20 anos, se comparado com outros países de potencial mineral, por falta de uma política agressiva de pesquisa mineral. O levantamento aerogeofísico é o primeiro passo para que pesquisas sejam desenvolvidas e novas jazidas encontradas. Ao Estado cabe impulsionar as diversas atividades e é isso que estamos fazendo com esse processo em andamento - completou o secretário Brumer.