Tiago Severino
Correspondente
PIRAPORA - No dia 13/11, o procurador do município de Pirapora, Ronaldo Matos, e o diretor de projetos do Saae - Serviço autônomo de água e esgoto, Janeir Soares Barbosa e o gerente operacional da empresa, Genésio Veloso de Souza, visitaram a ETE - Estação de tratamento de esgoto em Pirapora. Eles apresentaram ao juiz Fernando Humberto dos Santos a área que foi invadida e que, por isso, está impedindo a conclusão da obra.
Os invasores lotearam a área. Os moradores estão plantando milho, cana-de-açúcar e feijão. O local tem 27 hectares de dimensão. Já existem pessoas que estão vendendo os terrenos, que são do município. Estima-se que atualmente, 13 famílias estejam naquele local.
Segundo Janeir, não existe outra área para implantação do projeto. Para ele, a obra é de grande importância para o município que, finalmente, terá a rede de esgoto. Janeir informa que 60% da estação está pronta.
Já foram gastos mais de R$ 2 milhões na obra, que ficou interrompida durante muitos anos, sem recursos, até que neste ano a prefeitura conseguiu viabilizar R$ 4 milhões para a conclusão, através de um convênio com a Codevasf. O projeto da obra de esgoto de Pirapora foi desenvolvido para ser implantado em duas fases. A primeira será construída um sistema capaz de tratar 83,25 litros por segundo, com um alcance de 60% da população (29,5 mil habitantes). Na segunda fase, serão tratados 177,64 litros por segundo, o que chega a 61,5 mil habitantes.
- Atualmente, os esgotos domésticos de Pirapora são lançados em fossas sépticas ou clandestinamente em galerias de águas pluviais e conseqüentemente no rio São Francisco. Procurando reverter este quadro, em 1998, o Saae elaborou um para a cidade um Plano Diretor do Sistema de Esgotos Sanitários, ou seja, um projeto global com um alcance de 20 anos, além de visar à cobertura e afastamento de 100% dos esgotos da cidade, dará destino adequado aos efluentes antes de lançá-lo no rio São Francisco - diz o diretor do Saae, Helder Freire Cardoso.
ANÁLISE SEGUNDA-FEIRA
Apesar de não ter vindo a Pirapora com essa finalidade, o juiz Fernando Humberto foi receptivo à demanda e prometeu analisar o caso na segunda-feira. Foi encaminhada para ele, uma carta que explica toda a situação e mais fotos da área em anexo.
Ronaldo Matos, procurador do município, esclareceu que a obra ficou interrompida por falta de recursos, o que não significa que ela tenha sido abandonada.
- Por isso, o interesse de uma população de 50 mil habitantes, que será beneficiada com uma obra que há tantos anos é esperada, deve prevalecer – diz.