Oliveira Júnior
Correspondente
NOVA PORTEIRINHA - O incentivo ao plantio de oleaginosas para favorecer a implantação do programa do biodiesel no Norte de Minas foi tema principal do seminário sobre biocombustível realizado nessa sexta-feira, 19, pela Epamig - Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - em Nova Porteirinha. Técnicos e prefeitos discutiram sobre a retomada das estratégias do programa do biodiesel.
O gerente regional da Epamig, em Nova Porteirinha, Marco Antônio, disse que o órgão realiza estudos para o melhor aproveitamento do pinhão manso, que é uma das alternativas do biocombustível. A Epamig desenvolve plantio experimental de pinhão manso em 12 áreas, na microrregião da Serra Geral de Minas. Cada área tem cerca de um hectare.
De acordo com o Coordenador do Programa do Biodiesel, Arnoldo de Campos, o Governo Federal já autorizou a mistura de 2% do produto ao diesel de petróleo, a partir do próximo ano, com crescimento proporcional, podendo chegar a 5% em 2010. Ele acrescentou que essa mistura, tem inicialmente, dois pilares, o primeiro, é o aspecto social, uma vez que, a cadeia produtiva, vai gerar uma nova renda aos pequenos produtores da agricultura familiar, podendo também, gerar empregos e a segunda, a vantagem econômica, tanto para o governo quanto para os cidadãos, através da redução da poluição ambiental.
POTENCIAL
Além de prefeitos de 10 municípios da microrregião da Serra Geral, prestigiaram o encontro, empresários, secretários municipais de agricultura e técnicos do agronegócio, que tiveram a oportunidade de aprofundarem seus conhecimentos sobre o programa. Para o prefeito de Janaúba, Ivonei Abade Brito, a região tem potencial para garantir o pleno funcionamento da usina que está sendo instalada em Montes Claros , tornando-se uma alternativa para dinamizar a economia rural e também como benefício fiscal, através da tributação que proporcionará a geração de receita para os municípios, como parte integrante dessa cadeia produtiva.
A tecnologia adotada para essa unidade foi projetada com tecnologia americana. A afirmação é do engenheiro Júlio Cezar Monteiro Lopes, engenheiro da Petrobrás.