MINAS DO NORTE

Entidades dialogam sobre ocorrências de incêndios florestais

Sindicato Rural e bombeiros debateram sobre prevenção de incêndios florestais na região.

Da Redação
Publicado em 24/05/2023 às 20:00.
Somente em 2021, foram 450 ocorrências atendidas na região, dizem bombeiros (sindicato rural/divulgação)

Somente em 2021, foram 450 ocorrências atendidas na região, dizem bombeiros (sindicato rural/divulgação)

A comissão permanente de estudos sobre o meio ambiente do Sindicato Rural de Montes Claros promoveu na última segunda-feira (22), reunião de trabalho com o Corpo de Bombeiros Militar, com o intuito de estabelecer estratégias para prevenir as ocorrências de incêndios florestais na região.

“Nosso objetivo é que possamos trabalhar para minimizar essas situações nas propriedades rurais. Muitas vezes nós, produtores, até atuamos no combate ao fogo. No entanto, não temos conhecimento das técnicas para isso. Por isso, o ideal é prevenir”, afirma o presidente da entidade, José Avelino Pereira Neto.

A tenente Delayne Maria Ferreira Alves e o capitão Lauro Vinícius Lopes Fonseca contam que, somente em 2021, foram 450 ocorrências atendidas. Eles explicam que foram realizadas formações de grupos de brigada com funcionários da prefeitura, da guarda municipal, de parques, como o da Lapa Grande, com o objetivo de aumentar o número de pessoas capacitadas para atuar no combate ao fogo. 

“Nossa região possui quase 20 unidades de conservação. E elas são prioridade na atuação do Corpo de Bombeiros. E, infelizmente, não temos efetivo suficiente para atender a toda a demanda”, lamentam. “Às vezes o incêndio é tão grande, que não conseguimos controlar. Então precisamos fazer um assero, com trator, de grandes proporções, para evitar que o fogo se espalhe, que é muito mais difícil”.

Para o engenheiro florestal Antônio César, membro da comissão e servidor do Instituto Estadual de Florestas (IEF), é preciso criar um processo de educação constante, para que possamos garantir que não tenhamos incêndios florestais. “Os bombeiros, o IEF ou o Ibama, não possuem efetivo suficiente para combater os incêndios. É por isso que somente o trabalho de conscientização de toda a sociedade, durante o ano inteiro, é que vai resolver o problema”, afirma.

No entanto, é importante ressaltar que o produtor rural não coloca fogo na propriedade. É o que ressalta o engenheiro ambiental Juvenal Mendes. “O produtor precisa do capim que está ali na propriedade. Às vezes é uma faísca, um acidente. Às vezes é uma pessoa mal intencionada que coloca fogo para prejudicar. E quem paga a conta é o produtor”, diz. Ele ainda reforça que o principal dano dos incêndios é a perda da biodiversidade.
 
CRIAÇÃO DE PROJETO PILOTO
A proposta da equipe multidisciplinar foi construir um projeto piloto que possa oferecer, em parceria entre o Sindicato Rural e o Corpo de Bombeiros, um curso prático básico de prevenção e combate ao fogo. As turmas deverão ter entre 20 e 30 alunos, produtores e trabalhadores rurais, que possam atuar diretamente em ocorrências de incêndio nas propriedades.

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