Cesta para flagelados da seca

Jornal O Norte
Publicado em 25/04/2006 às 11:44.Atualizado em 15/11/2021 às 08:33.

Segundo a assessoria de imprensa da Amams, os flagelados da seca do Norte de Minas começaram a ser beneficiados com cestas básicas de alimentos liberados pelo governo estadual, através da Cedec - Coordenadoria estadual de defesa civil, que está disponibilizando 8.000 cestas para 80 municípios, ou seja, 100 cestas para cada município. O secretário-executivo da Cedec, tenente coronel Alexandre Lucas Alves, se reuniu com o presidente da Amams - Associação dos municípios da área mineira da Sudene, Valmir Morais, quando anunciou que ainda nesta semana pretende concluir a entrega das 8.000 cestas básicas.



Os produtos estão armazenados no 10o Batalhão de policia militar, em Montes Claros e podem ser recolhidos pelas prefeituras, depois de preenchido  formulário específico, que identifica o veículo e motorista.



É a segunda remessa de cestas básicas distribuídas para os flagelados da seca do Norte de Minas, pois, no início de abril, o governo federal já tinha disponibilizado 200 toneladas de produtos alimentícios para os municípios mineiros afetados pela seca, que deveriam recolher o produto no armazém da Conab - Companhia nacional de abastecimento, desde que cumprisse a formalidade de estar com o decreto de situação de emergência, criado a comissão municipal de defesa civil e ainda com a listagem das famílias a serem beneficiadas. Dos 100 municípios mineiros atendidos, 15 recolherão os produtos também nesta semana, em Moc.



Na semana passada o presidente da Amams esteve reunido com o presidente da Cedec, quando lhe mostrou que as perspectivas é de o Norte de Minas ser castigado pela maior seca dos últimos 30 anos, conforme previsão dos institutos de pesquisa de meteorologia e, por isto, havia necessidade de acelerar procedimentos visando assegurar o socorro aos flagelados. A preocupação da Amams é que neste ano ocorrem eleições e, pelas regras eleitorais, todos convênios com órgãos públicos devem ser assinados até 30 de maio.



- Temos de assegurar a maior quantidade de convênios para agilizar os recursos visando minimizar o drama dos flagelados que, na safra 2005/2006, sofreram com as perdas causadas pela falta de chuvas e correm novo risco - diz Valmir.



A distribuição de cestas básicas é considerada pela Amams como uma medida paliativa, que resolve o drama de quem está passando fome, mas sem solucionar definitivamente o drama da seca. O presidente Valmir Morais ressalta ser necessário criar um programa permanente de convivência com a seca, tanto em nível estadual como federal, construindo barragens e barramentos, abrindo cisternas e poços e outros mecanismos que permitam segurar as águas das chuvas.

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