Com anúncio de investimento de R$ 936 milhões para as regiões Norte e Noroeste de Minas, a Cemig inaugurou a Superintendência Regional em Montes Claros, com a promessa de melhorar a prestação de serviços e a qualidade de energia que chega aos mineiros.
Em coletiva nesta última quarta-feira (23) em Montes Claros, o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, afirmou que, em 2018, a concessionária investiu em distribuição R$ 750 milhões, e, atualmente, o investimento salta para quase R$ 1 bilhão, somente para essas duas regiões. “Aquilo que a Cemig fazia para todo o Estado, hoje nós fazemos apenas para a região Norte e Noroeste, que representa uma parte importante do PIB do Estado e consegue atrair investimentos que antes eram para todo o conjunto de Minas Gerais”, disse.
Além da Superintendência, mais duas gerências, uma em Montes Claros e outra em Paracatu, integram o pacote de investimentos e reforçam as unidades físicas da Cemig. “Precisa ter o automóvel, o pessoal próximo do atendimento, então estamos criando várias unidades nos municípios menores e o atendimento será muito mais rápido para qualquer intercorrência”, pontuou. Questionado sobre investimento específico para o Norte de Minas, o presidente estima R$ 2,2 bilhões em um período de três anos. “Isso representa cerca de 15% do total do investimento. O PIB da região é mais ou menos 8% do PIB de Minas. Realmente estamos concentrando o nosso investimento para que a Cemig seja indutora do desenvolvimento de Minas, nas regiões que mais necessitam”. Sobre uma possível privatização da Cemig, o presidente optou por não falar do assunto e destacou que “é um tema do acionista controlador”, no caso, o Governo do Estado.
Fabiano Mendonça assumiu a Superintendência Regional, destacando a importância da liderança local para atender melhor os clientes. Na solenidade, mencionou o programa “Mais Energia”, que em 2024 entregou 125 das 200 subestações previstas, incluindo 21 novas e 12 ampliadas na Regional Norte. Para 2025, estão previstas novas unidades em seis municípios e ampliações em outros quatro. “Essa nova estrutura, essa regionalização traz um poder de decisão maior para o regional e o sentimento de representatividade”, disse.
PROGRAMAS
Ronaldo Mota Dias, presidente da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams) e prefeito do município de São João da Lagoa, declarou que a subsistência da maior parte da população do seu município provém da agronomia. Para dar fim aos problemas, ele aposta na transformação anunciada pela Cemig. “Tanto o pequeno quanto o grande produtor dependem da energia para produzir, para fazer uma irrigação, ou mesmo situações simples como passar uma ração. Desse modo, o reforço de rede é uma questão importante”, diz, acrescentando que todos os municípios do Norte de Minas, em especial os menores, têm uma dificuldade muito grande com a energia, pela falta de extensão de rede ou sobrecarga em pontos de energia.