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Domingo,14 de Setembro

Cães e gatos são vacinados em Glaucilândia

Jornal O Norte
Publicado em 13/07/2006 às 10:20.Atualizado em 15/11/2021 às 08:39.

Alexsandro Mesquita


Correspondente



GLAUCILÂNDIA - Desde o dia 3 de julho começaram as vacinas contra  raiva em cães e gatos no município de Glaucilândia, pela Fundação Nacional de Saúde-Funasa.



Segundo informações da Funasa a raiva é uma doença mortal causada por um vírus, e todos os mamíferos são transmissores, inclusive o homem. Mas o principal transmissor da raiva para o homem é o cão, seguido de morcego e gato.



A transmissão ocorre pela saliva do animal doente, principalmente pela mordida, arranhaduras produzidas pelas unhas do animal, o contato da baba com a pele ferida, esfolada ou arranhada recentemente e pelo contato com mucosas (olhos, boca, narinas). O vírus entra pelo ferimento, atinge os nervos e instala-se no sistema nervoso central (cérebro e medula), sendo eliminado pela saliva dos animais doentes.



O período de incubação é o tempo entre a penetração do vírus no organismo e aparecimento dos primeiros sintomas da doença. No homem em média, é de 15 a 90 dias, podendo variar de seis dias a dois anos. No cão, pode variar de dez dias a um ano. Cão e gato transmitem a doença através da eliminação do vírus pela saliva que se inicia 3 a 5 dias antes dos primeiros sintomas e perdura de 5 a 7 dias. O período de transmissão da raiva, então, é de 8 a 12 dias nos cães e gatos e o período de observação de 10 dias só se aplica exclusivamente a esses dois animais citados.



SINTOMAS



Ainda de acordo com informações da Funasa, quando o animal está com os sintomas da raiva, ele modifica o comportamento, normalmente pára de comer, tenta beber água, mas não consegue. O animal também procura fugir de onde está preso e morde tudo que vê pela frente; se esconde em locais escuros, seu latido fica rouco e prolongado, parecendo um uivo; pode babar e parecer engasgado com um osso, ficar com queixo duro não abrindo ou fechando a boca. Por fim, ele pode ficar paralítico e morre em média 7 dias após o início dos sintomas.



Para Manoel Pedro Araújo, coordenador da Funasa em Glaucilândia, a importância da vacinação se dá principalmente porque a doença mata. Ele explica os cuidados que deve haver com os medicamentos e com os agentes de saúde.



- São usadas caixas térmicas para o transporte das vacinas, onde a temperatura deve ser de 2 a 8 graus. Devem ser transportadas em veículo para não ficar expostos aos raios solares e não perder qualidade. Os agentes foram treinados na teoria e prática de campo. Todos os agentes têm à mão um manual de vacinação para tirar qualquer dúvida, diz Manoel Pedro.



Manoel Pedro disse ainda que duas equipes foram feitas para melhor atender a região: Antônio (Funasa), e da Secretaria Municipal de saúde, Itamar e Vanduilton; e a outra equipe: Dircio Domingos (Funasa), Joel e Eliana da S. M. saúde, além de Nélia, responsável pelos cuidados e manutenção das vacinas, geladeira e abastecimentos das caixas térmicas. O atendimento é feito de casa em casa e o morador (dono do animal) recebe um cartão de controle de vacinação do animal.



TREINAMENTO



Os agentes foram capacitados por João Bosco Severiano Dantas, coordenador da regional de saúde de Montes Claros; Fátima Barroso, enfermeira do Município e Manoel Pedro, coordenador da Funasa local.



No ano de 2005 foram vacinados 201 cães na zona urbana de Glaucilândia e 695 na zona rural; 13 gatos na zona urbana e 69 na rural. Sendo um total de 978 animais vacinados, enquanto que no ano de 2004 foi vacinado um total de 833 animais. Neste ano, só na sede do município já são 203 cães e 21 gatos imunizados. Ainda faltam contabilizar os da zona rural.



CUIDADOS



Para evitar a doença é preciso vacinar o cão e o gato contra a raiva anualmente; não deixar animais soltos na rua; não alimentar animais sem dono soltos na rua; não deixar lixo com restos de comida onde cães e gatos possam alcançá-los; não brincar com animais desconhecidos ou doentes; não colocar a mão na boca do animal para desengasgá-lo; passear com o animal preso em coleira, evitando contato com outros animais estranhos e colaborar com a apreensão de animais (carrocinha) indicando onde há cães vadios e orientando as pessoas sobre a importância deste serviço.  



Depois de todo o trabalho de vacinação, os agentes da Funasa vão repassar nas casas pendentes para não ficar animais sem vacinar.

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