Em alusão ao Dia Mundial de Prevenção ao Afogamento, celebrado na última sexta-feira (25), o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) realiza uma campanha estadual de conscientização e prevenção durante todo o mês. A data foi instituída em 2021 pela Assembleia Geral das Nações Unidas e pretende alertar a população global sobre os riscos do afogamento, bem como promover ações práticas para evitar acidentes em ambientes aquáticos.
No Norte de Minas, a campanha é coordenada pelo 7º Batalhão de Bombeiros Militar (7º BBM), com sede em Montes Claros, e conta com o apoio das Defesas Civis Municipais da região. Entre as principais ações estão instalar placas de sinalização em balneários, orientação direta à população e a intensificação das mensagens educativas em redes sociais, rádios e outros meios de comunicação. A ideia é alcançar o maior número de pessoas possível, especialmente em períodos de férias escolares e dias de intenso calor, quando há maior procura por rios, lagoas e piscinas.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o afogamento provoca mais de 236 mil mortes por ano em todo o mundo, sendo uma das principais causas de mortes acidentais entre crianças e jovens. Em Minas Gerais, o CBMMG alerta que os casos se agravam justamente durante as férias, quando as famílias buscam lazer em locais muitas vezes sem a devida estrutura ou segurança.
Segundo o tenente Kollek Pereira, do Corpo de Bombeiros, a campanha de prevenção ao afogamento é realizada durante todo o ano, principalmente nas redes sociais e em escolas. “Essa data coincide com um período em que ocorrem muitos casos. Embora existam registros de afogamento durante todo o ano, os meses de janeiro e julho, por serem períodos de férias, concentram o maior número de ocorrências”, explica.
Ainda segundo o tenente Kollek, “os locais mais críticos para afogamentos são os balneários das cidades do Norte de Minas. Especificamente no período do Carnaval, esses locais recebem muitos turistas, e o Corpo de Bombeiros envia salva-vidas para reforçar a segurança em cidades como Januária, São Francisco, Grão Mogol, entre outras”.
“Temos dois perfis de vítimas: o primeiro é formado por pessoas que se afogam em rios e lagoas, nos balneários; o segundo são crianças que acabam se afogando em baldes com água ou em piscinas, geralmente por descuido dos responsáveis. Tivemos recentemente dois casos na região: uma criança caiu em um balde e morreu afogada, e outra se afogou em uma piscina. As principais vítimas são meninos, adolescentes e jovens de classes sociais mais vulneráveis”.
Entre as principais orientações repassadas pelos bombeiros à população estão cuidados simples que podem fazer toda a diferença na prevenção de acidentes: evitar entrar em rios e lagos sem conhecer a profundidade e correnteza; não consumir bebidas alcoólicas antes de nadar; manter crianças sempre sob vigilância constante de um adulto; e utilizar coletes salva-vidas em embarcações ou em locais de risco elevado.