BNB doa caldeira nova para o Benjamim Guimarães

Jornal O Norte
10/03/2006 às 10:54.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:30

A embarcação Benjamim Guimarães será reativada conforme garante o superintendente estadual do Banco do Nordeste para o Norte de Minas Gerais e Espírito Santo, Nilo Meira Filho. O BNB doou uma caldeira nova, o que permitirá que o Benjamim volte a navegar.

Conforme a assessoria de comunicação do banco, Nilo Meira esteve em Pirapora no último dia 07, terça-feira, para cerimônia de assinatura de contrato de patrocínio celebrado entre o Banco do Nordeste e a prefeitura municipal de Pirapora.

O evento ocorreu às margens do Rio São Francisco a bordo da embarcação, contando com a presença de 150 pessoas entre autoridades, imprensa, empresários do setor de turismo, o capitão fluvial e sua tripulação que costumavam operar o vapor.

Os termos do contrato celebram a doação de nova caldeira por parte do Banco do Nordeste e como contrapartida a prefeitura deverá assegurar o seu funcionamento, com viagens regulares durante 5 anos.

SENSIBILIDADE

A iniciativa ocorreu durante visita realizada pelo presidente do Banco do Nordeste, Roberto Smith, à Pirapora para cerimônia de posse do gerente geral da agência no município, Carlos Nunes Coelho Junior. Na oportunidade, o prefeito de Pirapora, Warmillon Fonseca Braga solicitou ao presidente do banco uma nova caldeira para o Benjamim. Segundo o prefeito, a caldeira antiga, que já possuía 90 anos de uso, estava muito danificada e sem condições de re-utilização.

O presidente Smith afirmou que ficou muito emocionado e sensibilizado com a visita ao vapor, pois lembrava uma viagem realizada, na época de estudante, por ele e o então amigo, Darcy Ribeiro, de Juazeiro à Pirapora. Sensibilizado com a possibilidade de reativação do vapor Benjamim e acreditando na importância da embarcação para o desenvolvimento do turismo e economia regional, o presidente manifestou parecer favorável ao pedido do prefeito.

O VAPOR

Construído em 1913, nos EUA, pela empresa James Rees & Com., o vapor Benjamim Guimarães, que já se tornou patrimônio histórico, navegou no rio Mississipi e, posteriormente, em rios da Bacia Amazônica.

Na segunda metade da década de 1920, a empresa Júlio Guimarães adquiriu a embarcação e a montou no porto de Pirapora, recebendo o nome de Benjamim Guimarães, uma homenagem ao patriarca da família proprietária da firma. A partir de então o vapor passou a realizar contínuas viagens ao longo do Rio São Francisco e em alguns dos seus afluentes.

Por várias décadas, o Benjamim Guimarães foi utilizado no transporte de cargas e passageiros no trecho Pirapora - Juazeiro, no Norte da Bahia, chegando a navegar com centenas de tripulantes à bordo que se dividiam em primeira, segunda e terceiras classes.

No início dos anos 1980, com a decadência da navegação no São Francisco, o vapor passou a ser utilizado em passeios turísticos e as viagens tornaram-se cada vez menos freqüentes. Em 1995, o vapor apresenta falhas na caldeira e no casco e, por motivo de segurança, é interditado pela Capitania dos Portos de Minas Gerais.

- O Benjamim Guimarães poderá voltar a Navegar nas Águas do velho Chico em meados de abril deste ano - garantiu o secretário de Planejamento de Pirapora, Dalton Soares de Figueiredo.

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