Minas Gerais é o Estado mais afetado pelas cheias de rios neste mês em função das fortes chuvas que atingem a região. O Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) está monitorando as cheias no Sudeste e emite boletins extraordinários com previsão para as bacias dos rios Doce, Muriaé, São Francisco, Pomba e Velhas.
O acompanhamento é feito pelo Sistema de Alerta de Eventos Críticos (Sace), uma plataforma desenvolvida pelo SGB para disponibilizar todas as informações geradas no contexto dos sistemas de alerta hidrológico para cada bacia hidrográfica.
Tais informações incluem o monitoramento automático de chuvas e níveis de rios em diversas estações hidrometeorológicas, com links para os mapas de riscos dos municípios e boletins de monitoramento e alertas publicados.
O objetivo dos sistemas de alerta é monitorar e gerar informações de qualidade para subsidiar a tomada de decisões pelos órgãos relacionadas à mitigação dos impactos de eventos hidrológicos extremos.
Na bacia do rio São Francisco, cinco municípios ultrapassaram a cota de inundação. Além de Propriá, São Romão e Pirapora, Pedras de Maria da Cruz está com 9,34m, e São Francisco, com 9,70 m, em situação de inundação crítica.
A bacia do rio Doce, por exemplo, está em alerta desde o início do mês e conta atualmente com cinco municípios que ultrapassaram a cota de inundação: Ponte Nova, Tumiritinga e Governador Valadares, em Minas Gerais, e Colatina e Linhares, no Espírito Santo.
Segundo o SGB, nos últimos dias, as estações de monitoramento registraram aumento significativo no volume de água. A estação do município de Linhares chegou a atingir 4,53 metros às 12h de terça-feira (22) para uma cota de inundação na região de 3,45 m. A tendência é a de que o rio continue subindo no local nas próximas horas, afirmam técnicos do SGB.
Na bacia do rio Muriaé não há inundações, mas existem estações acima da cota de alerta. Patrocínio do Muriaé e Carangola, em Minas, ultrapassaram a cota de atenção.
Já o rio Pomba teve redução de volume em relação à semana passada e não apresenta mais estações em estado de inundação.
MAIS RECURSOS
O governo de Minas anunciou, nesta quarta-feira (23), a ampliação do plano Recupera Minas, criado após força-tarefa do Estado para mapear os principais danos causados pelas chuvas e criar ações para recuperação dos estragos.
Com isso, 80 mil desabrigados e desalojados terão direito ao auxílio de R$ 1.200, divididos em três parcelas de R$ 400, a partir deste mês. A ação contará com acréscimo de R$ 19 milhões, chegando ao montante de R$ 97 milhões.
Têm direito aos recursos aquelas cidades que tiveram a situação de calamidade ou emergência reconhecida pelo governo federal e finalizaram o envio de informações ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Ministério do Desenvolvimento Regional, entre 1º de dezembro de 2021 e 17 de janeiro de 2022.
*Com Agências Brasil e Minas